Pode-se definir a política como um código de ética que atua sobre a sociedade. De acordo com o teórico filosófico Rousseau, tal vertente encontra-se integralmente na responsabilidade do povo. Dessa forma, considerando que atualmente o corpo social brasileiro é composto em grande parte pelos jovens, é possível concluir, hipoteticamente, que a responsabilidade política do país está sob os cuidados da atual juventude. No entanto, é notória a descrença de tal grupo social quando se trata do seu interesse nas questões jurídicas, mostrando-se necessário um direcionamento para que ocorra uma mudança nesse cenário. A inclusão da juventude nos debates políticos é um desafio para aprofundar a democracia. Para que isso seja efetivado de forma eficaz, deve-se levar em consideração de que ocorra de forma endêmica. Dessa maneira, as Instituições Sociais, principalmente a família e a escola, se inserem como um importante mediador nesse âmbito, ressaltando a importância da participação política para a construção de um futuro democrático. Para auxiliar o fim de uma juventude individualista, pode-se ressaltar também a importância do título de eleitor como um símbolo de cidadania. Pesquisas apontam que menos de 38% dos jovens entre 16 e 17 anos, no ano de 2016 de acordo com o IBGE, não possuem o título de eleitor. Sendo assim, o Estado deve atribuir essa responsabilidade de maneira que consiga atrair a atenção desses jovens dentro do campo eleitoral. Em síntese, é necessário que ocorram medidas de forte impacto para alterar esse cenário. Por exemplo, programas (atribuídos pelo Estado) que permitem os jovens a comparecer em processos políticos, como as reuniões que trabalham na aprovação de leis no Supremo Tribunal Federal, podem mostrar com mais clareza não apenas a importância da dialética, mas também como ela está vinculada com decisões que mutuam o cotidiano de toda a sociedade. O auxílio da escola nesse procedimento também se torna decisivo, com aulas sobre cidadania, o sistema jurídico e sobre a importância das manifestações para reivindicar uma mudança. Com esse esforço, pode-se dar inicio a uma nova plateia nos debates políticos do Brasil.