Essência do regime democrático, os protestos sociais são os braços para a cidadania. No entanto, como dito pela banda O Rappa: "Paz sem voz não é paz é medo", condiz com o sentimento de descrença em promover mudanças, o que limita a conduta revolucionária de muitos jovens brasileiros. Paralelo a isso, a dificuldade em encontrar dados confiáveis e fontes que transmitem as informações imparcialmente restringe a participação juvenil na política do país que, ao longo dos anos, tem se mostrado insuficiente. Decorrentemente, a análise do problema busca minimizar a questão em prol da democracia. A principal razão para a abstenção juvenil na política refere-se à falta de representatividade e o consequente sentimento de impotência diante da burocrática relação entre o governo e o cidadão. Dessa forma, para mudanças substanciais e que alvejam parcelas de diferentes segmentos da sociedade, os protestos sociais são de suma importância para o exercício civil, principalmente dos jovens, não podendo ser restringido ou limitado, como previsto em Constituição. A exemplo os relacionados a redemocratização pós Ditadura Militar Brasileira, a qual expressou significativa participação de jovens e adolescentes. Ademais, atrelada à falta de esperança diante do sistema político, a infidelidade de notícias veiculadas pela internet, que objetivam influenciar o usuário, coopera para o desinteresse e o não exercício do primeiro nível de participação política, definida pelo sociólogo Guaiano Sami, devido à falta de base para o envolvimento ativo da juventude. Dessarte, a democracia participativa brasileira precisa evoluir e, para isso, discutir a licitude do direito à liberdade de expressão é imprescindível. Em vista dos fatos abordados, a inversão da questão deve ser trabalhada como política de Estado, acima de disputas partidárias, principalmente como papel do Ministério da Cultura, visando esperançar os jovens por meio de propagandas televisivas e virtuais quanto à importância do seu papel em uma sociedade democrática, a fim de lutar pelos seus direitos e interesses. Dessa forma, o Estado Brasileiro se transformará de fato moderno, preparado para vencer os desafios que sempre estão por vir.