De acordo com Aristóteles, filósofo da antiguidade, o homem é um ser político por natureza. Nesse contexto, o caráter inato do ato político ganha significado essencial à sobrevivência humana e, por consequência, deve ser exercido continuamente. No entanto, no Brasil, o engajamento em questões da esfera pública apresenta desafios para a sociedade, principalmente para a juventude. Incentivar a inclusão do jovem no âmbito político é um fator que fortalece a democracia. Desse modo, através da internet, a apresentação de ideais modernos e a dispersão de conhecimento modificam a estrutura das instituições para que elas se tornem acessíveis aos mais novos. Nesse âmbito, as manifestações ocorridas em 2013 contra o aumento da tarifa de ônibus estimularam o engajamento da juventude para um bem comum. Além disso, essas manifestações iniciaram uma série de protestos posteriores provando que é possível unir milhares de pessoas em prol de melhorias sociais. Com isso, as redes sociais desempenham papel decisivo nesse debate. Por um lado, é importante ressaltar que a conjuntura política atual, em estado de degradação, desestimula o envolvimento do jovem. Ademais, o estabelecimento no senso comum de que esse campo é de competência de poucos também determina a falta de representatividade. Contudo, ao propor uma análise história, é possível observar que esse envolvimento é importante. Nas décadas de 70, 80 e 90, os movimentos contra a ditadura, a favor das diretas já e pelo impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, respectivamente, são exemplos disso. Assim, a esperança de mudanças nesse cenário é depositada nos jovens. Fica evidente, logo, que mesmo com dificuldades, existem alternativas viáveis para aproximar os mais novos de debates que, futuramente, podem decidir o futuro do país. Para isso, o Governo Federal em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral deve veicular nas mídias campanhas que mostrem a importância do engajamento de todos na política e, além disso, propor enquetes e discussões na internet sobre assuntos relacionados à gestão pública. Igualmente, é papel do Ministério da Educação fomentar nas escolas e destacar o papel das lideranças de sala e grêmios estudantis. Dessa forma, a afirmação de Aristóteles será posta em prática desde cedo.