Mediante o axioma do filósofo grego Aristóteles, a virtude é encontrada no meio termo entre o excesso e a falta. À vista de tal preceito, sob o prisma aristotélico, é possível circunscrever os imbróglios que tangenciam o exercício do voto e a participação dos jovens brasileiros na política do país, haja vista, o excesso de negligência para com a população juvenil e a falta de representação no Congresso do Brasil, dificultam a efetivação do equilíbrio social. Sob tal ótica, é notório o quanto, no contexto brasileiro, a política é vista em total declínio, uma vez que casos de corrupção estão amplamente expostos nesse meio, evidenciados, principalmente, ao que tange em benefícios para a massa popular, como obras públicas em hospitais, escolas e universidades inacabadas e sob péssimas infra-estruturas. Diante disso, decresce a confiabilidade nas instituições e, aliado a impubibilidade recorrente desses desvios éticos, resulta no desinteresse perante à participação política , visto que a sociedade e, especialmente, os jovens se encontram desacreditados da política brasileira. Paralelo a isso, embora, em tese, o voto censitário e de cabresto tenham deixado de fazer parte do país há mais de um século, a compra de votos e a infringência da lei, infelizmente, são comuns em campanhas políticas atuais. Ademais, um ciclo vicioso propaga nesse contexto por longos anos e detém a participação na política sempre dos mesmos candidatos e com os mesmos ideais. Dessa forma, dissemina no Congresso, um extremo conservadorismo que, como consequência, gera pouca representatividade dos juvenis, dificultando sua participação na política, tornando o exercício da cidadania frente ao direito político, um ato sem credibilidade. Perante esses impasses, a fim de obter maiores incentivos frente à participação dos jovens na política brasileira, faz-se necessário que o Governo Federal, junto ao Ministério Público, promova medidas com o intuito de proporcionar maior voz a essa parcela populacional, como já timidamente iniciado no país, por meio da elaboração de leis formuladas pela coletividade. Assim como, é de suma importância que haja maior fiscalização e cobrança por parte desses setores sociais e dos jovens, quanto ao cumprimento da legalidade no âmbito político, para que faça valer a integridade e representação efetiva dos interesses da população. Destarte, com a junção dessas esferas, é possível contornar a realidade do país diante da participação na política dos jovens e obter efeitos positivos com o exercício do voto, para que haja, de fato, um equilíbrio social.