No que se refere à participação dos jovens na política brasileira, assunto que instiga debates em todo o território nacional, há aspectos relevantes a serem destacados. Dentre eles, a baixa escolaridade e a alienação cultural são motores sociais diretamente ligados a um problema a ser discutido: o desinteresse das camadas mais jovens da população pela política. Em uma primeira análise, percebe-se que a insuficiência do desenvolvimento intelectual está claramente presente entre os cidadãos de menor idade. Isso porque o Brasil figura anualmente entre as últimas colocações em pesquisas de instituições, como o IBGE, que medem o desempenho escolar. Logo, é conveniente que mudanças sejam postas em prática pelos agentes sociais pertinentes. Assim, muitas letras do artista brasileiro Criolo Doido, nascido no bairro Grajaú, periferia do Estado de São Paulo, deixarão de descrever o presente para apenas relembrar o pretérito social. Somado a isso, muitos estudiosos de Antropologia afirmam que a cultura pode direcionar uma mente humana a ser consciente de si, em si, do mundo e no mundo. Porém, em certos casos, ela faz estritamente o oposto, e o mesmo ocorre quando o assunto é a participação política dos jovens. Além disso, essa direção invertida pode ser percebida na influência negativa que o uso em excesso de redes sociais por parte deles causa: os adolescentes mal se concentram nas conversas entre amigos - fato decorrente do vício psicológico em comunicação virtual - e isso reflete consequências, também, no convívio político, o qual é esquecido. É notório, portanto, que a juventude não está tão tangente ao cenário político brasileiro. São medidas importantes e urgentes ara reverter esse quadro: o Ministério da Educação revitalizar todo o sistema educacional brasileiro de base, começando por reforço de Língua Portuguesa, de Matemática e de Filosofia, matérias fundamentais para a formação intelectual; o Ministério da Cultura se engajar no combate à alienação cultural causada pelas redes sociais virtuais existentes no Brasil. Com os jovens mais conscientes, a frase “Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro desperta”, de Carl Young, será plenamente entendida pala nação de bandeira verde, amarela e azul.