Desde 2012, o número de jovens entre 16 e 17 anos que possuem o título de eleitor tem caído de forma significativa. Parece que o movimento “passe-livre”, em 2013 na capital SP, foi o último grande levante da mocidade visando melhorias no governo. Fato é: a participação da sociedade na vida política, sobretudo os jovens, é de suma importância. Cabe não só à sociedade mas, também, ao governo, proporcionar incentivo para o ingresso desses no viver político. Para que haja políticas eficientes, tanto nos direitos sociais quanto na economia, deve-se perpetuar o ingresso direto da população à política. A falta de interesse dos jovens é reflexo de uma sociedade agitada e conformada com o descaso do poder público. Segundo o sociólogo Émile Durkhein, não somos apenas formadores da sociedade mas produto direto dela, atribuindo causa ao comportamento social tangível a política - nosso convívio e educação. A escassez de conversações sobre política e modos de governo nos lares e escolas do país promove o esquecimento da importância de lutar pelos direitos afirmados na Constituição de 1988. Por não haver melhor maneira de lutar pelos direitos e deveres do povo, a falta de movimentos sociais nos torna passível frente à problemática. É necessário maior comprometimento com os deveres de cidadão. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em parceria com o MEC, as escolas devem incentivar o debate político através das aulas e reuniões com os pais dos alunos, disponibilizando cursos através de materiais didáticos que possam ampliar, de maneira objetiva e fácil, o conhecimento dos pais sobre a temática. A sociedade deve criar grupos, tanto físicos quanto em redes sociais, que visem melhorias na forma de governo local. A participação dos cidadãos em movimentos políticos e reuniões é necessário para que, através do incomodo, os regentes do poder público sintam-se pressionados a agirem de maneira benévola e coerente as necessidades do povo. Dessa maneira, sociedade e governo unidos, os jovens viverão a política e formaremos pessoas mais coerentes quanto aos deveres.