A constituição de 88 finalizava o processo de redemocratização do Brasil, estabelecendo, entre outras leis, o voto obrigatório para pessoas entre 18 a 65 anos, e voto facultativo para pessoas de 16 e 17 anos. Essa lei introduz a participação política, que foi reconquistada arduosamente, da população em geral, além de incentivar o inicio da vida política dos mais jovens. Porém, essa segunda medida não cumpre na realidade com o desejado de seu objetivo inicial. Segundo dados do TSE e do IBGE, a taxa de jovens de 16 e 17 anos com título de eleitor vive um declínio nos últimos anos. Isso, provavelmente, em função da falha do Estado em criar políticas de incentivo que realmente chegue até os jovens. Se a famosa frase de Platão que diz "Os que não se interessam por política serão governados por aqueles que se interessam" não é suficiente para motivar a juventude, cabe o Estado fazer isso. A título de exemplo, com a criação de programas de incentivo à politica que realmente cheguem aos jovens e os conscientizem, por meio das inúmeras formas de difusão de informação. Entretanto, essa tarefa não é somente do Estado, mas também dos pais, que devem mostrar o valor da participação política, pois essa se encontra intrínseca na vida dos brasileiros.