O processo histórico de formação política no Brasil moldou os pilares na qual a sociedade contemporânea se sustenta. A política atual é fruto de processos e governos excludentes e individualistas como a republica velha. Isso reflete diretamente na participação dos jovens no cenário político, uma vez que não há incentivos em nenhum âmbito social para que tal ocorra, e nem sequer existe educação política dentro das escolas. Dados evidenciam que a parcela das pessoas de 16 e 17 anos com titulo de eleitor, período no qual o voto é facultativo, diminuiu quase 12% nos últimos 8 anos. Isso revela a problemática da educação política dos jovens brasileiros porque quando não há o ensino político não existe embasamento para a criação de uma consciência cidadã, e portanto, toda uma parcela da população cresce deficiente politicamente. Manuela D’Avila, pré-candidata às eleições de 2018, entrou na carreira política aos 23 anos como vereadora de Porto Alegre, porém, D’Avila é exceção, já que seu engajamento começou muito cedo, com 18 anos em movimentos estudantis. É necessária uma educação política e consciente desde a juventude, para que não cresçamos como uma população analfabeta politicamente. Exemplos como Manuela D’Avila e Justin Trudeou, primeiro ministro do Canadá, eleito para o parlamento canadense com 37 anos, devem ser exaltados dentro da sociedade, e usados como incentivos para os jovens adentrarem e encontrarem o espaço no âmbito político. Portanto, diante dessa conjuntura, urge a necessidade de construirmos uma juventude consciente. Para tanto é primordial que as escolas incentivem os alunos a participação política com a criação de grêmios estudantis, e ainda, instruí-los com educação sociopolítica na grade curricular. Sendo assim, será possível aos poucos, reverter essa situação para obtermos frutos de uma sociedade alfabetizada politicamente.