Título da redação:

2500 anos de atraso

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 14/12/2018

A política foi criada ainda na Grécia Antiga, cerca de 2500 anos atrás. Essa prática tão antiga consistia basicamente na participação direta de cada cidadão ateniense (pólis grega) nas decisões acerca da cidade. Para Aristóteles, filósofo também grego, "o homem é naturalmente um animal político". No entanto, na sociedade brasileira do século XXI, essa participação política não é observada, sobretudo entre a população mais jovem. Como, então, aproximar-se do mundo grego e incentivar o engajamento político da juventude brasileira? A resposta está, antes de tudo, na educação. A priori, apesar de um notório desinteresse quanto às práticas políticas entre os jovens atuais, é importante citar que nem sempre foi assim: a Passeata dos Cem Mil, ocorrida no RJ em 1968, foi um movimento estudantil que manifestou contra o sistema político repressivo da época, que compreendia ao período da ditadura militar. A posteriori, é indiscutível apontar que educação e engajamento político são intrinsecamente relacionados, visto que a maioria dos componentes da passeata eram estudantes universitários dispostos a transformar sua sociedade. Além disso, é conveniente ressaltar que um dos motivos para a falta de participação política dos jovens é o desconhecimento quanto aos seus direitos e deveres e, sobretudo, devido a um distanciamento em relação ao sistema político brasileiro. Em Atenas, havia uma praça pública chamada ágora na qual qualquer cidadão poderia expor suas opiniões quanto às decisões que seriam tomadas. No Brasil, no entanto, a inexistência de uma democracia direta e transparente dificultam o envolvimento político. Prova disso são os escândalos de corrupção noticiados rotineiramente, que acabam gerando uma descrença generalizada no poder público brasileiro. Dessarte, é coerente dissertar que intervenções precisam ser feitas para que seja possível assegurar a cidadania por meio da participação política da juventude. Desse modo, faz-se necessária a intercedência do Ministério da Educação, que deverá incluir na base comum curricular o ensino de sociologia e sistema político brasileiro desde o ensino fundamental. Por intermédio de brincadeiras lúdicas, como uma eleição para representante da turma, as crianças aprenderão sobre a importância do engajamento individual como forma de melhorar a vida coletiva. Dessa maneira, tornar-se-ão cidadãos exímios, assim como os gregos um dia foram.