De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, em seu artigo 25°, toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar saúde e bem-estar, principalmente no que concerne à alimentação. Não obstante, garantir a segurança alimentar representa um desafio a ser enfrentado no Brasil. Isso se evidencia não só pela má qualidade, mas também pela indisponibilidade de alimentos para toda a população. No que se refere à indisponibilidade de alimentos, grande parte da população brasileira não tem acesso a estes. Processos de modernização agrícola, como a Revolução Verde, na década de 1950, surgem com a proposta de aumentar a produção e acabar com a fome no mundo. Entretanto, a má distribuição e desperdícios faz com que esses alimentos não estejam disponíveis a todos. Assim, é inadmissível que significativa parte da nação não tenha acesso a um bem tão importante. Além disso, muitos alimentos estão disponíveis com má qualidade. A teoria do Imperativo Categórico, de Immanuel Kant, afirma que os indivíduos deveriam ser tratados, não como coisas que possuem valor, mas como pessoas que tem dignidade; assim, a saúde alimentar é primordial. Contudo, distribuição dos alimentos se dá com uma lógica capitalista, no qual é utilizado grande quantidade de agrotóxicos, uso de conservantes, entre outros meios de aumentar o rendimento e vida útil dos produtos, que geram problemas de saúde e insegurança alimentar. Nessa perspectiva, é intolerável que uma nutrição com valor tão elevado possa ter fatores, como a saúde pública, negligenciados. Fica claro, portanto, que a falta de segurança alimentar é um problema vigente no Brasil. Nesse sentido, são necessárias medidas para melhorar a logística de distribuição e controle de qualidade dos alimentos. O governo pode destinar verbas públicas para órgão como a Anvisa, a fim de ampliar a inspeção dos alimentos, com implementação de novas tecnologias e contratação de mais funcionários. Além disso, ONGs podem instituir programas que arrecadem alimentos, por meio de doações, e os redistribuam para populações carentes, com o intuito de melhorar a distribuição alimentícia.