Thomas Malthus, no século XIX, disse que o problema da segurança alimentar existente na época se devia ao fato de o crescimento da produção ser inferior ao da população. Essa teria, entretanto, foi invalidada por avanços tecnológicos que permitiram uma produção alimentar inimaginável até o século XX. Apesar disso, 80% da população brasileira, de acordo com o jornal BBC News, sofre de algum tipo de má alimentação. Portanto, um questionamento intrigante é: como garantir a segurança alimentar no Brasil? Duas soluções viáveis são: programas sociais de distribuição de renda e educação alimentar. Segundo o livro “O Capital”, de Karl Marx, o problema da fome, no final do século XIX, não estava na produção agrícola e sim no sistema de distribuição de renda. Ainda, consoante o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 50 milhões de brasileiros vivem na linha da pobreza, isso equivale a quase um quarto da população. Por fim, como expõe o site G1, 30% dos brasileiros não se alimentam adequadamente por não possuírem renda suficiente, É notória, destarte, a necessidade de uma atuação social do governo, a fim de garantir a essas pessoas acesso à comida de qualidade. Quanto à educação alimentar, ela se mostra um problema ainda mais grave. Conforme diz o historiador Yuval Noah, em “Sapiens”, é mais fácil hoje uma pessoa morrer de obesidade que de fome. Isso é perceptível nos dados da Agência Nacional de Saúde, segundos os quais 65% das pessoas no Brasil estão acima do peso, 30% estão obesos e 72% não conhecem os nutrientes essenciais da alimentação humana. Logo, percebe-se que a educação é um forte impulsionador da segurança alimentar. Isso posto, é necessário investir na reformulação do sistema de educação. Consoante dados do Ministério da Educação (MEC), o Brasil tinha cerca de 35 milhões de alunos no ensino fundamental e médio em 2017. É interessante, pois, que o MEC insira na rede de ensino básico a matéria Educação Alimentar. Dessa forma, é possível educar em média 35 milhões de pessoas todos os anos e combater o número de 167 milhões de brasileiros que se alimentam mal por falta de conhecimento.