No período colonial, a coroa portuguesa doava grandes extensões de terra para nobres portugueses, que tinham capital para investir na terra. Essa política de incentivo a colonização do território brasileiro, tinha como objetivo, a segurança e proteção das terras conquistadas, para que nenhuma outra nação invadisse. Foi nesse contesto que gerou a principal característica da agricultura do nosso país, a concentração de terra. Além disso, nesse período também se deu um dos principais meios econômicos e comerciais que até hoje se perpetua no Brasil, que é o plantation. Taís aspectos estão ligados ao problema da fome e da má alimentação no país. Pois os latifúndios existentes no Brasil, desde o tempo colonial, plantam apenas o lucro. Para sempre ter o aumento desses lucros, são usadas grandes quantidades de agrotóxicos e pesticidas, para aumentar a imunidade das plantações diante de pragas. Pesquisas desenvolvidas pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Ministério da Saúde, mostram que os agrotóxicos, podem causar diversos problemas para à saúde, como o problema na produção de hormônios, infertilidade, puberdade precoce, câncer e outros. Os latifúndios também têm papel fundamental na fome no Brasil, pois o país concentra grandes quantidades de terra com poucos donos, como mostra o relatório feito pela Oxfam Brasil, com os dados do Censo Agropecuário de 2016, Grandes propriedades somam apenas 0,91% do total dos estabelecimentos rurais brasileiros, mas concentram 45% de toda a área rural do país. Por outro lado, os estabelecimentos com área inferior a dez hectares representam mais de 47% do total de estabelecimentos do país, mas ocupam menos de 2,3% da área total. Cenário esse que, quem não tem terra para plantar muitas vezes morre de fome, que mesmo com melhoras, 3,2% dos brasileiros sofrem com esse problema, segundo dados do IBGE de 2014. Tendo em vista os problemas da segurança alimentar no Brasil e argumentos citados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com o Ministério Público, devem implantar medidas que distribuam melhor a terra no território brasileiro, e incentivar os pequenos agricultores, e agricultores de plantações orgânicas, visando assim maior democratização da terra e menor quantidade de alimentos com agrotóxicos na prateleiras dos supermercados do Brasil.