Os adventos tecnológicos que surgiram após a Revolução Verde de 1960 no Brasil, permitiram que os alimentos fossem produzidos de forma rápida e em grande escala. Entretanto, analogamente a Teoria da Indústria Cultural de Adorno, o alimento foi transformado pela Indústria em um produto massificado que tem o único intuito vender, excluindo muitas vezes aspectos culturais e saudáveis da alimentação, assim, colocando em risco a segurança alimentar. Dessa forma, a insegurança alimentar é ocasionada pela falta de valorização da produção regional de alimentos, aliado ao alto custo para a obtenção de alimentos saudáveis no Brasil. É notório que a falta de fomentação da produção de alimentos regionais contrasta com a valorização de produtos agroexportadores. O Brasil é um dos maiores agropecuarista de exportação do planeta. Todavia, essas atividades além de poluírem e desmatarem não abastecem o mercado interno alimentar. Paralelamente, as produções familiares e artesanais são as que, em suma, abastecem o Brasil. Dessa forma, para garantir a segurança alimentar, é necessário que o governo invista em créditos agrícolas e doação de sementes nativas aos pequenos produtores rurais. Além de investir no potencial da aquicultura e pesca no litoral brasileiro. Assim, valorizar-se-á o produto nativo garantindo a qualidade da alimentação. Outrossim, a população de baixa renda é segregada a alimentar-se de produtos industrializados. Nesse sentido, é notável que a população de menor poder aquisitivo é levada a se alimentar de produtos Industrializados que são mais baratos, possuindo menores valores nutricionais e maiores valores calóricos. Comprovadamente a isso, segundo o Ministério da saúde, 30% dos jovens tomam diariamente refrigerante, um produto barato que possuí 40g de açúcar. E, por conseguinte, essa insegurança alimentar engendra problemas de saúde como obesidade e diabetes. Sendo assim, é necessário ter mais acessibilidade aos alimentos para que essa segregação alimentar seja combatida. Destarte, é imprescindível que a seguridade alimentar seja garantida no Brasil. Faz-se, portanto, necessário, que o Poder Legislativo crie lei que obrigue as Prefeituras Municipais a criarem Bandejões a cada 15 mil habitantes, de modo que valorize a compra de alimentos regionais de produtores locais. Dessa forma, a população, com renda comprovadamente baixa, poderá pagar o valor acessível para alimentar-se saudavelmente. E, consequentemente, a alimentação da população brasileira deixará de ser culturalmente massificada e tornar-se-á símbolo de segurança alimentar.