Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Todavia, ao observar, hodiernamente, os desafios para a garantia da Segurança Alimentar no Brasil, verifica-se que tal ideal é constatado em teoria, mas não desejavelmente na prática. Nessa perspectiva, seja pelos fatores biológicos no que tange o revés, seja pelos fatores históricos e econômicos, o cenário alimentar brasileiro mantem-se nefastamente inerte e irresoluto. A priori, é mister inferir que de acordo com os estudos da Biologia, uma alimentação nutricionalmente balanceada é fundamental para garantir saúde e desenvolvimento do indivíduo. Desse modo, o grande apelo midiático para com alimentos ricos em açúcar, industrializados e fast-foods promovem o grande consumo desses, o que inviabiliza a saúde, contribuindo para a obesidade infantil e doenças nutritivas crônicas. Isso é inadmissível, visto que impulsiona a Insegurança Alimentar. Outrossim, embora historicamente a questão da fome (fator relevante para detecção de Segurança Alimentar) estivesse ligado a produtividade, pois acreditava-se que não havia produção suficiente para a população inteira, após a Revolução Verde da década de 1970, o patamar mudou. Assim, a partir da introdução de tecnologias maquinarias e transgênicas, a agropecuária moderna seria capaz de abastecer todos cidadãos brasileiros. Não obstante, de acordo com o IBGE, uma parcela considerável de brasileiro ainda passa fome. Dessa maneira, a desigualdade social, a má distribuição de renda contribui para impossibilidade alimentar dos mais pobres e inviabiliza, consequentemente, a garantia de alimentação segura em solo Tupiniquim. Diante desse contexto, medidas são imprescindíveis para reverter a situação. Portanto, o Governo Federal deve promover, em parceria com o Ministério da Saúde e Ministério da Educação, campanhas midiáticas por meio de nutricionista e pedagogos sobre a questão alimentar. Ademais, intensificar a arrecadação de impostos sobre empresas fast-foods e reverte-los em aumento de medidas sociais, como Bolsa Família, afim de diminuir a desigualdade e promover a Segurança Alimentar.