Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como garantir a segurança alimentar no Brasil

Redação enviada em 04/09/2018

Em 2014, o Brasil conseguiu sair do mapa da fome, de acordo com o Fundo das Nações Unidas, o que representou grande avanço na segurança alimentar brasileira. Todavia, a garantia dessa segurança só será atingida a partir do controle estatal sobre a produção de alimento e da educação alimentícia. É indubitável que a falha do controle estatal sobre a produção de alimento seja um entrave para a garantia da segurança alimentar brasileira, uma vez que esse controle estabelece o equilíbrio da produção alimentícia entre o mercado interno e externo. Segundo Aristóteles, a política, através das leis, deve ser proposta para que haja a eudaimonia (bem-estar) social. Logo, sem a intervenção estatal na criação de políticas que visem fortificar o mercado interno, o agronegócio visará o mercado que gera maior lucro, o externo. Por conseguinte, o mercado interno tornar-se-á carente de produtos e de áreas de produção, e, visto que o alimento oferecido à sociedade é proveniente desse mercado, criar-se-á um desequilíbrio social por falta de alimentos. A situação é refletida em dados do Ministério da Agricultura, como a porcentagem de exportação da soja, que chega a 60%, fazendo com que o mercado interno perca cerca de 20,5 milhões de hectares, deixando de abastecer inúmeras famílias brasileiras pela falta de terras. Além do controle estatal, essa segurança é garantida pela educação alimentar, posto que é a responsável por estimular a busca de uma alimentação mais saudável. Segundo a ideia kantiana, a sociedade é o retrato de sua educação. Logo, sem essa educação, torna-se difícil a formação de uma sociedade que busque melhores condições alimentares e incentivem o cultivo de melhores alimentos. À vista disso, aumenta-se o consumo de produtos nocivos à saúde, como os “fast-foods”, e a diminuição da qualidade de vida brasileira. A ideia é evidenciada a partir dos dados da Organização das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde, que apresentam o Japão como o 4º país com melhor educação do mundo, incluindo a educação alimentar, influenciando, portanto, na qualidade de vida, apresentando, aproximadamente, 23% da sua população em sobrepeso, e em processo de declínio, diferentemente do Brasil, que está em 60º e com taxas de sobrepeso acima de 54%, e em processo de crescimento. Dessa forma, é necessário que o Governo Federal, por meio de criação de leis pelo Legislativo, proponha, para os produtores agropecuários, um percentual mínimo de produção voltada para a alimentação do mercado interno. Outrossim, o Ministério da Educação deve instituir palestras nas escolas que exponham os benefícios da saúde de uma alimentação saudável. Ambas as intervenções aumentarão a segurança alimentar, seja pela manutenção de um mercado interno forte, que supra as necessidades da sociedade, extinguindo a carência de produtos, seja pela apresentação dos benefícios gerados por uma alimentação saudável, incentivando a sociedade buscar de melhor qualidade de vida.