A insegurança alimentar origina-se na variedade de produtos oferecidos ao consumidor, que dificilmente sabe qual escolher e qual evitar. Posto que a grande maioria dos produtos é rica em gorduras e sódio, recorre-se principalmente às mercadorias agrícolas, contudo os vilões químicos responsáveis pela deterioração do organismo, hoje, são adicionados desde a lavoura à indústria. É importante deixar claro que tanto os produtos industrializados quanto os naturais - sob cultivo com agrotóxicos - podem causar danos ao ser humano e ao meio ambiente, sendo ambos responsáveis por dejetos em rios e contaminação de solo e ar. Os agrotóxicos estão presente em cerca de 64% dos alimentos, de acordo com a Anvisa, e podem ocasionar câncer e lesões neurológicas. Da mesma forma, os produtos industrializados são nocivos ao sistema gastrointestinal e causam diabetes e obesidade - cerca de 50% da população brasileira está acima do peso conforme dados da OMS. Logo, faz-se necessário que a população se disponha à reeducação alimentar por meio da consulta ao nutricionista e principalmente ao diálogo com os filhos, alertando-os sobre os problemas de uma dieta desequilibrada, com o intuito de desenvolver neles uma consciência alimentar. Assim também, quando se trata de frutas e verduras, é fundamental que os clientes perguntem ao fornecedor a respeito de como é o manejo dos alimentos, a fim de garantir a organicidade dos produtos. Desse modo, tais atitudes não impedem o uso de agrotóxicos, mas valorizam o agricultor agroecológico. Também não evitam o processamento de alimentos, mas fazem das crianças instrumentos de um futuro mais saudável. Por conseguinte, cria-se uma responsabilidade coletiva com a finalidade de combater as inseguranças na mesa do brasileiro.