A República Federativa do Brasil constitui um Estado Democrático de Direito que garante, como fundamento básico, a dignidade humana. Entretanto, algumas pessoas não usufruem desse princípio na prática. Nesse sentido, a não segurança alimentar é prejudicial à formação do indivíduo e, consequentemente, do país. Dessa forma, com a persistência dessa problemática, o diálogo entre povo e governo se faz necessário. Em primeiro plano, a ausência de certos nutrientes pode causar complicações às pessoas. No processo de respiração celular, o metabolismo necessita de nutrientes fundamentais, como carboidratos e lipídios, para o pleno funcionamento do organismo. De fato, a falta dessas substâncias, acarretará na intoxicação da corrente sanguínea por radicais nitrogenados eliminados durante a remoção do agrupamento amônia das proteínas, durante a formação de adenosina trifosfato. Desse modo, é preciso o estímulo à avaliação do valor nutricional dos alimentos. Em segundo lugar, no modelo neoliberal, o Estado possui o papel fiscalizador. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman- na obra "Modernidade Líquida"- algumas instituições, dentre elas o Estado, perderam a função social, chamadas de instituições zumbis. Certamente, a operação carne fraca, durante o governo Michel Temer, mostrou como as empresas fraudam as exigências sanitárias impostas pelo governo, a fim de arrecadar mais dinheiro. Diante disso, é necessário maior intervenção estatal nessa questão. Fica claro, portanto, que a precária segurança alimentar traz consequências negativas aos cidadãos. Assim, cabe às escolas, por intermédio dos professores de biologia e química, realizar aulas complementares sobre o corpo humano e os elementos necessários ao bom funcionamento do organismo. Ademais, a sociedade, por meio das redes sociais, deve repudiar alimentos de empresas envolvidas em escândalos e incentivar a investigação desses casos. Com essas medidas, a nação verde-e-amarela atingirá o pleno Estado Democrático de Direito.