Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil saiu do Mapa da Fome pela primeira vez em 2014, entretanto 7 milhões de indivíduos estão em situação de insegurança alimentar. Dessa maneira, deve-se discutir os desafios de promover segurança alimentar no país, bem como propor medidas para superá-los em respeito à cidadania. Em primeiro plano, a condição social é fator determinante à restrição de quantidade, a qualidade e a acessibilidade. A maioria das pessoas que vive em extrema pobreza abrange a população rural. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que, dificilmente, essas entidades terão condições de acesso a quantidade mínima diária de nutrientes, isto é, mesmo que a fome não seja mais um problema estrutural ainda não há regulação no abastecimento e distribuição de alimentos saudáveis. De fato, produzir mais alimento é essencial, como também que chegue fresco, barato e suficiente na mesa do brasileiro. Por outro lado, o novo modelo de produção agrícola causa impactos no sistema alimentar. A monocultura, o uso de grandes extensões de terras, a mecanização, os transgênicos e os fertilizantes fazem grandes firmas controlarem o mercado e os preços, consequentemente os pequenos proprietários não conseguem competir. Dessa forma, é necessário o Brasil avançar na garantia de segurança alimentar como um direito humano. O Governo Federal, juntamente ao Ministério da Fazenda deve investir em programas de agricultura familiar, de desenvolvimento agrário, precúaria e abastecimento, oferecendo mais programas de crédito e financiamentos, a fim de permitir que os trabalhadores rurais possam produzir e modernizar pelo menos para o próprio sustento.