“Eu acredito que podemos mudar o mundo através da alimentação”. A frase é de Bela Gil, chef e nutricionista, fundamentando a importância de haver alimentação saudável que contribuía positivamente com vida dos cidadãos. Nesse sentido, é primordial que o país consiga garantir uma segurança alimentar a toda a população, sejam os que sofrem com a fome ou a obesidade. Apesar de parecer antagônicos, a subnutrição e a o sobrepeso são problemas de insegurança alimentar, se por um lado falta ao indivíduo alimentos, ao outro há excesso de comida industrializada, pouco saudável. Essa, por sua vez, pode provocar diversas doenças, como diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares, por isso, incentivar hábitos mais saudáveis é a melhor opção. Em relação ao problema da fome há várias causas, como a pouca ou a falta de renda, pois impossibilita ao indivíduo a aquisição de comida. Ademais, a deficiência na distribuição dos alimentos e os desperdícios ao longo da cadeia produtiva provoca um aumento nos preços impossibilitando a aquisição por algumas pessoas. Além disso, o uso excessivo de agrotóxicos, pode provocar problemas de saúde ao agricultor, que aplica, e ao consumidor final. De acordo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Brasil é o maior consumidor do mundo, logo esse uso abusivo afeta o departamento de saúde pública que terá que arcar com os custos de tratar as pessoas afetas. Por conseguinte, para garantir uma segurança alimentar é necessário que os problemas apontados sejam solucionados a fim de garantir esse direito a população. Desse modo, em um contexto de reeducação alimentar, a escola tem um papel fundamental, com palestras de nutricionistas e até aulas de gastronomia, a fim de começar a tratar o problema desde a base, com conscientização. Outrossim, como medida a curto prazo é necessário políticas públicas de transferência de recursos financeiros, para sanar a fome. A longo prazo é importante que o Ministério da Agricultura forneça subsídios aos pequenos agricultores incentivando a produção de alimentos, auxiliados pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) nas técnicas de cultivo sustentável, minimizando o uso de agrotóxicos. Só assim, tratando causas e minimizando efeitos, será possível enxergar a alimentação, de fato, como um ingrediente nas transformações sociais.