Para o literato alemão Goethe, “nada no mundo é mais assustador do que a ignorância em ação”. Desse modo, como garantir a segurança alimentar no Brasil, caso a ganância Homo continue depravando o mundo? A qual ignorância não se limita à natureza, mas a sua própria espécie. Como observou o historiador da ciência estado-unidense Morris Berman, antes da Revolução científica, havia entre o ser humano e a natureza uma integração psíquica que há muito deixou de existir. A esse ponto, haja vista os interesses capitalistas do agronegócio, o alto uso de sementes modificadas (transgênicos) que sejam resistentes a pragas, pode provocar o empobrecimento da biodiversidade, e, posteriormente, colocar em risco o equilíbrio ecológico e a segurança alimentar, assim como ecologistas preveem. Por isso, deve haver ruptura sobre o pensamento comercial ambicioso para com os recursos naturais, a fim de garantir a qualidade do alimento natural, inclusive resgatar aquela antiga união entre o homem e a natureza. Outrossim, conforme uma postagem no sistema educacional Jurisway,a camada superior apropria-se de aproximadamente 55% de todos os rendimentos disponíveis, sobrando pouco para ser repartido entre os 160 milhões restantes de brasileiros, intempérie agravada nas regiões norte e nordeste. Por conseguinte, certa família com singular renda mensal de duzentos reais terá que investir metade dos ganhos dela com alimentos, dado os altos impostos. Porquanto, o contraste social fortalece a insegurança alimentar, e, com a ela, a desnutrição e o crescimento nas taxas de mortalidade infantil, sequelas oriundas dos ruídos inaudíveis no estômago necessitado. Urge que o Ministério do Meio Ambiente, aliado a ONG´s, promova palestras e debates, na mídia e em locais públicos e privados, sobre os possíveis riscos de uma alimentação baseada em transgênicos, além de exigir, em parte do Poder Legislativo e das organizações competentes por essas modificações, a manutenção do símbolo transgênico nesses alimentos, métodos que irão conscientizar todo o corpo social e assegurar a fauna e flora dos impactos ambientais, tanto como preservar a saúde nativa. Ademais, cabe ao Congresso repensar a integração dos latifúndios à reforma agrária, isto é, com a distribuição de terras para os necessitados e garantir condições que possam sustentá-lo, para que haja maiores produções de alimentos básicos, os quais serão suficientes para a necessidade dos que necessitam, do mesmo modo que irá integrar a economia local que, aos poucos, extinguirá a fome e a pobreza.