A insegurança alimentar constitui um risco à saúde humana. No Brasil, esse problema tem diminuído bastante nos últimos anos devido principalmente às várias medidas promovidas pelo Governo, um exemplo disso é o Programa Fome Zero criado em 2003, que buscou o fortalecimento da agricultura familiar e a geração de renda para as classes sociais mais baixas. Apesar das melhoras significativas, a insegurança alimentar ainda permanece um problema grave na sociedade brasileira. Nesse sentido, a resolução dessa questão pressupõe uma análise histórica e educacional. Em primeiro plano, é importante salientar que, com a ascensão do capitalismo após a Revolução Industrial, ocorreu a queda da manufatura e ápice da maquinofatura, nesse contexto, desenvolveu-se a noção de produtividade, em que a quantidade da produção é mais importante que a qualidade. Com relação às práticas agrícolas, a lógica é a mesma: em busca de uma produção em larga escala, muitos donos de lavouras aplicam técnicas para aumentar a produtividade, para que no final atinja maiores lucros, mas, desconsiderando os efeitos que isso trará a saúde do consumidor a longo prazo. O glifosato é exemplo concreto disso, ele é o agrotóxico mais utilizado no Brasil. Segundo um estudo publicado pelo Instituto Nacional de Câncer(INCA) esse veneno está relacionado a pelo menos 3 tipos de cânceres, logo, representando um grande risco à saúde da população brasileira. Além disso, de acordo com o filósofo Sócrates, os erros são consequências da ignorância humana. Diante disso, averígua-se que a segurança alimentar não depende somente da renda, é preciso também ter conhecimento nutricional acerca dos hábitos alimentares saudáveis. Uma comprovação disso foi a criação do Programa Bolsa Família, que veio com o objetivo de diminuir os índices de desnutrição e fome entre os mais pobres. No entanto, após algum tempo de sua implantação, verificou-se que as famílias beneficiadas com o programa sofriam mais insegurança alimentar que as não beneficiadas, assim, observou-se que essas pessoas não tinham acesso à educação nutricional adequada, por isso, faziam péssimas escolhas alimentares. Diante dessa problemática, fica evidente a necessidade de Estado e população unirem esforços para melhorar a segurança alimentar no Brasil. Portanto, é relevante que os nutricionistas façam publicações em suas páginas nas redes sociais, colocando informações acerca das funções bioquímicas de cada componente da tabela nutricional dos alimentos, ensinado a população a interpreta-la, com isso possibilitando com que façam melhores escolhas no momento das compras. Com relação aos agrotóxicos, é importante que os agricultores substituam eles por predadores naturais, que irão combater as pragas sem contaminar os alimentos e sem diminuir a produtividade. Juntamente, o Governo Federal deve investir na pesquisa de novos métodos ecológicos que inibem os "inimigos da lavoura". Dessa forma, garantido uma alimentação de qualidade aos brasileiros.