No filme "O veneno está na mesa", é demonstrado o uso desenfreado dos agrotóxicos na agricultura e a reflexão de seus riscos à saúde. Entretanto, no Brasil, o consumo destas substâncias químicas na produção de alimentos é corriqueiro e, com isto,a segurança alimentar da população é colocada em risco. Posto isto, é necessário analisar as causas deste problemas de modo a dirimi-lo. Desde a Revolução Industrial, em que surgiram técnicas inovadoras de produção agrícola, o emprego de compostos químicos que possuem a função de aumentar a eficiência do processo e eliminação de pragas na agricultura , denominados agrotóxicos, cresceu indiscriminadamente. Porém, no Brasil, seu uso tornou-se banal: entre 2002 e 2012 a utilização destas substâncias aumentou 115% segundo dados do Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS). Com isto, os riscos à saúde provenientes de seu emprego são crescentes. Dentre as principais enfermidades que podem surgir pelo consumo de alimentos com alta carga destas substâncias destaca-se o câncer, mal de Alzheimer e doenças cardíacas. Outro agravante do problema é a carência de órgãos públicos especializados no controle e fiscalização eficiente acerca do emprego correto de agrotóxicos de modo a evitar que, ao chegar à população para consumo, o alimento possua quantidades tóxicas destes compostos e, com isto, garantir a segurança alimentar à sociedade. Dado o exposto, é imprescindível que o Ministério da Saúde crie órgãos de fiscalização e controle mais rígidos acerca da utilização do uso de agrotóxicos na agricultura, contribuindo com a redução da utilização destas substâncias e garantindo a segurança alimentar da população. É necessário, ainda, a criação de campanhas de conscientização com a cooperação da mídia em, por exemplo, jornais, televisão e internet quanto à procedência de alimentos de caráter duvidoso. Afinal, como dito por Platão, o importante não é apenas viver, mas viver bem.