Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 30/07/2018

Ao apresentar seu protótipo do telefone para D. Pedro, na Exposição Universal da Filadélfia de 1876, Graham Bell afirmou que sua invenção em breve se tornaria uma necessidade em todas as casas. Em menos de dois séculos, o aparelho evoluiu e passou a realizar inúmeras funções, tornando-se, assim como Graham previra, indispensável não só aos lares, mas também a todas as pessoas individualmente. Ao observar o atual panorama brasileiro, percebe-se que a extrema dependência tecnológica – denominada nomofobia – é prejudicial não apenas ao considerar seu aspecto quantitativo, mas também ao levar em conta o âmbito qualitativo. Inicialmente, é indubitável que a quantidade de horas cedidas ao manejo do celular é excessiva. Em pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, 35% dos sujeitos declararam usar o dispositivo a cada 10 minutos. Considerando-se a diversidade de tarefas realizadas por uma pessoa durante o dia – laborais, estudantis ou de lazer –, é perceptível que a dependência tecnológica manifesta-se como um obstáculo ao correto desenvolvimento dos diferentes afazeres humanos. São afetadas, desta forma, tanto a vida pessoal quanto a profissional dos indivíduos. Outrossim, destaca-se o conteúdo acessado como impulsionador da problemática. Tem-se, atualmente, uma ampla gama de redes sociais as quais os usuários de smartphones são comumente cadastrados, assim como uma pluralidade exorbitante de assuntos disponíveis na internet. De forma discrepante ao que ocorre em sites de relacionamento e em sites de entretenimento, que são diariamente visitados, páginas que disponibilizam material educativo e cultural são menos conhecidas. Portanto, o tempo direcionado à tecnologia se mostra ocioso, visto que não contribui para o crescimento pessoal de quem utiliza tais funcionalidades oferecidas pelo celular. É imprescindível, então, que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. Destarte, é essencial que a sociedade seja orientada quanto ao tema. Para tanto, cabe ao Ministério da Ciência e Tecnologia em consonância com o Ministério da Saúde elaborar propagandas midiáticas, a serem expostas nos canais de televisão abertos e nas redes sociais mais populares. De estilo descontraído e rápido, é primordial que estas campanhas abordem dados estatísticos confiáveis, assim como explicitem os malefícios da nomofobia e indiquem quais atitudes tomar frente a situações de dependência.