Eça de Queiroz, em sua obra, O crime do Padre Amaro, fundamentou duras críticas nos problemas que vigoravam na sociedade do século XIX, como a corrupção e a hipocrisia. Na atualidade, o posicionamento desse autor realista iria de embate na maneira como o país lidar com as novas tecnologias. Logo, percebe-se que os brasileiros fazem uso excessivo de Smartphones, demonstrando ser um impasse. Tudo isso se evidencia tanto no aspecto individual, como o coletivo. Em uma primeira análise, nota-se que o advento da internet, juntamente com a evolução tecnológica trouxeram muitos benefícios à população. Entretanto, apesar dessas benesses, a utilização excessiva dos meios eletrônicos, principalmente do celular, fez surgir uma compulsão chamada de Nomofobia. Esse vício é danoso ao povo pelo fato de gerar isolamento e ansiedade. Comprovando esses fatos, em pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mais de 50% dos entrevistados, na ausência dos Smartphones, apresentaram alto grau de impaciência, solidão, ânsia e mal estar. Destarte, fica evidente que os aparelhos de telefonia móvel estão sendo utilizados de maneira equivocada e assim como a lei da Inércia devem sofrer uma ação a fim de mudar essa realidade. Outrossim, é notado que os celulares estão distanciando os seres humanos. Prova disso, está em reportagem da rede Bandeirantes, na qual psicólogos alertaram que as relações interpessoais estão sendo fragilizadas, por conta da tecnologia está ultrapassando o convívio real. Esse fato também foi comprovada pela rede CNN, todavia de maneira trágica, onde cinco jovens ao verem um homem se afogando em uma lagoa na Flórida, preferiram filmar a situação do que ajudarem. Com isso, fica claro que o exagero na utilização dos Smartphones trazem danos para toda a sociedade. Fica evidente, portanto, que a Nomofobia gera diversos males e por isso deve ser tratada. Dessa forma o Ministério da Educação deve inserir na grade curricular das escolas palestras com pais e alunos sobre a dependência de aparelhos eletrônicos, com a finalidade de gerar moderação na utilização. Já o Ministério da Saúde deve contratar psicólogos para realizarem, em praças, consultas a fim auxiliarem os indivíduos que apresentam essa compulsão. Desse modo, Eça de Queiroz retrataria em obras contemporâneas virtudes sociais, tendo em vista que o país estaria no caminho do progresso.