Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 06/09/2017

Em meados do século XIX, a China era uma grande consumidora de ópio, uma droga viciante que na época não tinha essa fama e não era considerada como tal, dessa forma, o povo chinês fazia seu uso em grande escala. Nos dias de hoje, se tratando de vício, temos a preocupante nomofobia. Esse termo, criado no Reino Unido, é caracterizado como a necessidade de ter sempre o celular por perto, vício esse que, como o ópio na China, está se espalhando pelo Brasil. Destarte, é um transtorno de grave problema para a sociedade o que faz necessário analisar e propor maneiras de enfrentar esse dilema. Primeiramente, é importante considerar que com o advento das novas tecnologias, que permitem o acesso às redes sociais, as pessoas se apegaram mais aos celulares. Em virtude de essas redes sociais propiciarem um ambiente de exposição, o usuário adquire um vício em compartilhar fotos e afins com o intuito de receber atenção e visibilidade, a partir disso, fica a maior parte do tempo aguardando notificações e se torna repulsivo ficar longe do celular, principal sintoma da doença. Só para ilustrar, pesquisas realizadas pelo site O Globo mostram que quase oitenta por cento dos brasileiros se sentem mal em ficar longe do aparelho, o que mostra o quão preocupante o vício tem se tornado. Segundo, o maior problema vinculado aos nomofóbicos é relacionado à saúde. Normalmente, indivíduos que possuem a dependência, quando obrigados a ficarem sem seus celulares por um longo período de horas, apresentam comportamentos semelhantes a usuários de drogas em abstinência. Inclusive, quase sessenta por cento dos citados na pesquisa acima, consideraram permanecer um dia sem comida em troca de ter o celular por perto. Além disso, pessoas que se expõem mais em ambientes virtuais em busca de atenção correm um risco bem maior de desenvolverem doenças como ansiedade, depressão e, com o passar do tempo, se envolvem em situações irreversíveis, como suicídio. É evidente, portanto, que a nomofobia, apesar de ser um transtorno novo, é comum entre os brasileiros e necessita ser tratado devido aos riscos trazidos à saúde. É necessário que o Ministério da Saúde disponibilize, por meio dos hospitais públicos, atendimento psicológico às pessoas de forma que consigam lidar melhor com a ferramenta. Além disso, é preciso que o indivíduo, famílias e comunidades, se dediquem a projetos que tenham o objetivo de praticar atividades de lazer, como programas culturais e eventos que busquem trabalhar o social de maneira que reduza o tempo de uso do celular como forma de tratar esse problema.