Segundo Zygmunt Bauman, o sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. A Nomofobia - síndrome na qual o usuário torna-se dependente de um aparelho telefônico ou da internet - reflete essa realidade no Brasil. Nesse sentido dois aspectos fazem-se relevantes à respeito das raízes desse transtorno: A consequência de doenças psicológicas já existentes e o medo de exclusão por parte do usuário. De acordo com o sociólogo Emile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo uma sociedade danificada abre espaço à novas doenças como consequência das atuais, como no caso da Nomofobia. Segundo pesquisas feitas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a síndrome da Nomofobia costuma aparecer em conjunto à outros transtornos como ansiedade, estresse e síndrome do pânico. Sendo assim o paciente encontra no uso da internet uma fuga para os seus problemas já existentes, adquirindo, por fim, um novo vicio. A sociologia define o Fato Social como a maneira coletiva de agir e de pensar. Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que ao não se "encaixar" nos padrões definidos pela sociedade o indivíduo permanece em um conflito de exclusão. Em vista disso, surge a necessidade constante do uso do aparelho para fins de manter-se atualizado em relação a todas as "novidades do mundo virtual". Nelson Madalena defendia a educação como a maior arma para mudar o mundo. Portanto, vendo a questão da Nomofobia por essa ótica um implemente a grade curricular oferecida pelo MEC deve ser realizado. Cabe ao Ministério da Educação a criação de uma nova aula na base educacional dos alunos de rede pública e privada, a qual - sendo ministrada por um Técnico de Informática em parceria com um Psicólogo - teria o intuito de ensinar jovens e crianças à respeito do uso adequado da internet. A fim de que, no futuro, o avanço tecnológico seja acompanhado do seu uso consciente e sadio.