A série britânica Black Mirror ganhou uma grande repercussão nos últimos anos por tratar da profunda relação de dependência do homem com a tecnologia. Essa síndrome é chamada de nomofobia e está mais disseminado do que se imagina. Apesar da grande contribuição tecnológica e a globalização, a internet e os aparelhos eletrônicos estão afetando o modo comportamental dos indivíduos, além da saúde psicológica. Depressão, fobia social ou transtorno bipolar são algumas das doenças ocasionada pelo uso excessivo da tecnologia. Torna-se visível quando alguém prefere usar as redes sociais em detrimento de interações reais, por exemplo. Uma pesquisa realizada pela seguradora Bem Mais Seguro revelou que quase 90% dos entrevistados possuem crise de abstinência sem seus celulares. Isso mostra a total dependência humana com esse meio, tornando uma gigante proporção em poucos anos. Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco, o vício ocasionado pelo mundo digital se equivale à dependência ocasionada por entorpecentes como álcool e drogas, levando ao mesmo desgaste físico e emocional. Diante disso, vê-se que a interação social é interferida e, consequentemente, a pessoa se isola do plano real. Também é desenvolvida uma personalidade eletrônica, ou seja, o cérebro cria uma imagem dita ideal, a qual gera uma falsa sensação de prazer. Logo, não há dúvidas de que a sociedade está doente e, caso não haja uma breve solução, as interações sociais serão totalmente afetadas. Com isso, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deve desenvolver um projeto afim de alertar os perigos do uso abusivo, como um aplicativo que controla o seu limite. Além disso, o Ministério da Educação deve elaborar didáticas pedagógicas para ensinar as crianças a optarem mais pelas relações pessoais do que as virtuais.