Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 04/09/2017

Em menos de 30 anos, celulares e smartphones se popularizaram no Brasil. Após 1998, as empresas telefônicas foram privatizadas, houve a expansão da cobertura móvel e acessibilidade de preços dos aparelhos e serviços. Porém, nesse cenário, surgiu a preocupação sobre até que momento essas tecnologias são benéficas ao ser humano, pois abriu espaço para novos transtornos, como a nomofobia. Primeiro, é inegável que a internet e os aparelhos móveis agilizaram serviços, comunicações e informações. No entanto, a interação e aceitação que podem trazer as redes sociais, como FaceBook, Instagram e Whatsapp, liberam dopamina, uma substância que traz prazer. Com isso, se houver estímulo excessivo, o usuário torna-se suscetível ao vício, e, de acordo com o psicólogo Cristiano N. Abreu da USP, essa dependência pode ser comparada a dos entorpecentes. Como consequência, os indivíduos podem se afastar da família e amigos, pois preferem se tornar comunicáveis no mundo virtual ao real. Nesse caso, foi criado o termo "phubbing" para descrever pessoas que ignoram outras para ficar atentas ao smartphone. Além disso, os problemas não se restringem ao meio social, mas se propagam no profissional e educacional. Isto é, perde-se rendimento no trabalho e na escola por conferir as novas atualizações e mensagens, além de provocar sintomas de ansiedade, desatenção e falta de concentração. Como exemplo, uma pesquisa realizada pela empresa Office Team apontou que empregados jovens perdem, em média, 70 minutos diários de expediente com acesso a smartphones. Destarte, percebe-se que o problema não está propriamente nos aparelhos telemóveis ou na internet, mas no uso que é dado. Tendo isso em vista, é fundamental que as famílias administrem o tempo nas redes sociais tanto dos filhos quando dos demais membros, pois, muitas vezes, o hábito vem do exemplo de casa ou da falta de atenção dos responsáveis. Além disso, é importante que o Ministério das Comunicações divulgue campanhas contra a nomofobia, mostrando seus males por meio das redes de comunicação (internet, rádio e televisão). Também há locais que incentivam clientes a não usarem celular, servindo, assim, de exemplo para outros comércios e de estímulo para a mudança de vícios contemporâneos.