Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 03/09/2017

O termo nomofobia, criado no Reino Unido, descreve o medo que algumas pessoas têm de ficar longe dos seus celulares. Essa doença, inimaginável a poucos anos atrás, hoje atinge milhares de pessoas por todo o mundo devido a alguns fatores trazidos pelo uso da tecnologia e das redes sociais como, por exemplo, a sensação de estar conectado a todos. Por isso, é necessário entendermos o que vem causando essa síndrome para que possamos, posteriormente, buscar maneiras de enfrentá-la. Como dito por Rousseau, “o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”. É comum que, ao frequentarmos ambientes públicos, vejamos casais e famílias com seus celulares nas mãos – acorrentados pela tecnologia – e sem nenhuma comunicação real em um momento que deveria ser para conversar. De acordo com o infográfico da Bem Mais Seguro sobre o tema, 89% das pessoas veem seus smartphones como mais que simplesmente um aparelho. Isso se deve à ausência de uma educação voltada para o mundo digital que mostre que, apesar desse ambiente ser muito importante para a sociedade principalmente por ser, atualmente, um meio de ativismo social, ele não pode afetar as relações sociais de uma pessoa. Além disso, sabemos que para enfrentar essa nova doença é importante que a população reconheça que ela existe e saiba os pontos negativos do uso excessivo da tecnologia. Depressão e ansiedade são apenas alguns dos transtornos que essa prática pode gerar já que, nas redes sociais, as pessoas só mostram momentos de felicidade que, entretanto, muitas vezes são falsos. Sobre isso, o psiquiatra estadunidense Elias Aboujaoude diz que a internet ampliou predisposições humanas como o gosto por se gabar e por isso, tendemos a mostrar aquilo que gostaríamos de ser ou ter. Já sobre a importância do reconhecimento da nova doença, é essencial a aceitação por parte daqueles que a possuem para que possam ser tratados. Vista a questão da nomofobia e suas causas, medidas são necessárias para que possamos enfrentar e combater essa doença. O governo deve, portanto, por meio do Ministério da Saúde, investir em políticas públicas de divulgação da doença, sintomas e possíveis tratamentos por meio de cartilhas ou comerciais televisivos a fim de que a população conheça o distúrbio e aqueles que o possuem possam buscar tratamento. É importante também que grupos de psicólogos se unam e busquem, por meio de vídeos como alguns já existentes, mostrar que muitas daquelas realidades virtuais não são reais para que muitos dos efeitos (inveja, depressão e ansiedade) causados pelo uso intensivo de redes sociais não surjam. E, por fim, é imprescindível também a atuação da escolas, fornecendo aulas voltadas para o ambiente virtual, com a finalidade de evitar a formação de crianças e jovens nomofóbicos pois, como dito por Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”.