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Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 03/09/2017

O Plano de metas, do presidente Juscelino Kubitschek, foi uma estratégia desenvolvimentista que visava aderir a Nação ao cenário técnico-científico mundial. Todavia, em antítese a esse objetivo, no Brasil pós-moderno, o aporte tecnológico causa danos à sociedade, tornando o confronto contra a nomofobia um dilema contemporâneo. Nesse contexto, uma dinâmica problemática é inserida, seja por provectos pensamentos enraizados no pensamento brasileiro, seja pela incipiência de meios governamentais que visem a atenuação desse quadro nacional. Vicissitudes desse panorama advêm de diversos precedentes, sendo a errônea mentalidade social um importante fator. Nesse prisma, a irreflexão generalizada a respeito dos malefícios que a nomofobia causa leva a população, como um todo, a se alocar em um lugar acrítico comum, silenciando esse problema. Corroborando com o filósofo Pierre Bourdieu, que afirmou que o habitus é um forma instintiva e coletiva de agir e pensar, tal comportamento é naturalmente acomodado aos moldes brasileiros. Nessa perspectiva, a fuga da realidade, que a internet representa para muitos indivíduos, os levam a não refletirem acerca de comportamentos, que nesse âmbito, tendem a se tornar perenes e atemporais. Esse quadro é confirmado pela pesquisa da revista Time, da qual os dado revelam que 58% dos brasileiros confirmam seus celulares a cada 30 minutos. Além desse fator, a carência de meios governamentais que visem a mudança desse cenário também dá subterfúgio ao tema vigente. Consoante à filósofa Hannah Arendt, que em “ A Banalidade do Mal” afirmou que o pior mal é aquele que se torna comum, a inércia do Estado perpetua esse dilema. Nesse ângulo, historicamente a importância do Estado foi retratada no governo de Getúlio, quando o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) permeou a opinião coletiva a respeito de Vargas. Nessa ótica, em concordância com a nocividade da omissão Estatal, o governo abarca um importante aliado para enfrentar a nomofobia no Brasil, haja visto que ações governamentais tendem a possuir maior repercussão na sociedade. Destarte, em vista de erradicar tal paradigma, intervenções são oportunas. Torna-se imperativo que o Ministério da Saúde institua, nos municípios, reuniões quinzenais às comunidades. Nelas, psiquiatras devem debater com a população as múltiplas formas que se podem atenuar um quadro de nomofobia, para que a sociedade sinta-se mobilizada pela causa. Em consonância, o Governo Federal, aliado ao Ministério da Cultura, deve expor, em redes sociais, vídeos engajados de curta duração que levem a reflexão dos usuários acerca da possível dependência do uso da internet movél, tais publicidades devem, ainda, incentivar a busca por ajuda médica quando necessário. Desse modo, o objetivo desenvolvimentista de JK poderá ser realizado e a nomofobia será minimizada em território verde e amarelo.