Título da redação:

Problema Rotineiro.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 17/09/2017

A Constante evolução do telefone celular sempre impressionou os aficionados em tecnologia desde o início de seu desenvolvimento. Porém, o que chocou o mundo só veio em 2007, quando Steve Jobs subiu ao palco de apresentação da conferência da Apple e apresentou o iPhone. De lá pra cá, a esmagadora maioria dos celulares lançados tenderam ao conceito do smartphone. Em menos de 10 anos, os avanços em relação ao iPhone 1 já são imensos. O que se desenvolveu junto com esta evolução, entretanto, foi uma dependência muito grande das pessoas que os usam, seja para trabalho, entretenimento pessoal ou redes sociais, causando até mesmo alguns transtornos psicológicos. Primeiramente, deve-se levar em consideração os motivos associados a nomofobia - termo criado para denominar o vício em smartphones - e o porquê das estatísticas relacionadas a mesma serem tão altas. Com o avanço dos dispositivos, houve também a evolução da interatividade com as redes sociais. A troca de informações se dispõe hoje de maneira praticamente instantânea. A internet via dados móveis tornou-se mais importante nos planos de telefonia do que as próprias ligações telefônicas, vide as recentes propagandas de empresas oferecendo até mesmo navegação ilimitada em alguns aplicativos. Uma imagem, um vídeo, uma postagem numa rede de relacionamentos ou mesmo uma mensagem, tornaram-se tão fáceis e rápidos de compartilhar que a comodidade gerada por tudo isso vem, gradualmente, substituindo a interação frente-a-frente entre as pessoas. Para as pessoas introvertidas, essa ferramenta virtual transforma-se em um mundo quase perfeito, onde estas figuram entre as postagens mais comentadas sem precisarem se expor no mundo real, por exemplo. Mantém-se em constante contato com amigos, família e grupos, sentem-se requisitados para responder mensagens ou comentá-las, mas deixam de fazê-lo pessoalmente diversas vezes, conforme relatado em matéria do jornal O Dia, em junho de 2014, na coluna de tecnologia. Há de se considerar também, pessoas com problemas de ansiedade, síndrome do pânico, entre outros, que apegam-se ao celular de forma exacerbada devido à suas condições e passam a dar exagerada importância ao aparelho. A simples solicitação de uma entrega de comida pode ser feita hoje sem que haja contato telefônico, facilitando o atendimento, mas agravando ainda mais essa dependência do smartphone nos casos dos portadores dessas enfermidades. A mesma matéria citada anteriormente, do jornal O Dia, publicada em sua página na internet, contém o seguinte título: "Tecnologia aproxima quem está longe e afasta quem está perto". Esse título, em muito aplica-se aos celulares e deixa viva essa afirmação. Tanto lutaram pra desenvolver tecnologias de trocas de informações rápidas, mas agora, dá-se tanta importância a ela que o contato real parece estar ficando absoleto entre a sociedade atual. Em vista do que foi apresentado, é necessário darmos a devida importância a esse forte apego das pessoas pelos seus aparelhos smartphones. É preciso saber analisar o quanto é necessidade de uso e o quanto é simplesmente vício. Pessoas próximas podem e devem ajudar nessa percepção, visto que a negação é comum entre os que contém vícios, e estes tendem cada vez mais a aumentar seu tempo conectados, segundo a psicóloga Sylvia von Enck, do Hospital das Clínicas. Ao identificar essa situação, a pessoa deve ser instruída sobre o que pode estar acontecendo e assessorada a visitar um psicólogo. Assim, o profissional saberá como proceder e identificará se a nomofobia está associada a algum outro problema. É importante também que haja divulgação por parte do Estado, visto que esse problema não é amplamente divulgado. Campanhas de conscientização do Ministério da Saúde em conjunto com as secretarias dos municípios divulgando os perigos e os problemas causados pela nomofobia ajudarão a população a se conscientizar desse mal que atinge grande parte das pessoas ao redor do mundo. Assim, o Brasil caminhará alguns passos a frente contra a nomofobia.