No século XVIII, a Revolução Industrial introduziu ferramentas tecnológicas na sociedade, fato que alterou as relações humanas. Hoje, o que se vê, no Brasil, são os empecilhos para enfrentar o dilema da nomofobia. Nessa perspectiva, faz-se necessário argumentar sobre a dependência tecnológica e seus efeitos sociais. Embora o uso de aparelhos modernos seja importante, nota-se que as pessoas estão tornando-se dependentes desses meios, uma vez que Durkheim aponta que a humanidade dispõe-se na solidariedade orgânica, caracterizada pelo acesse pessoal e pela aquisição de riquezas, em que possuir novos aparelhos eletrônicos confere destaque e inclusão social. Em decorrência desse fato, cresce a vontade individual de participar das redes sociais e verificar as opiniões das outras pessoas. Além disso, pontua-se as maléficas consequências dessa dependência na sociedade, pois para Zygmunt Bauman, as relações pessoais transformaram-se em fluidas, situação observada quando grupos em um determinado ambiente apenas interagem por meios tecnológicos. Em decorrência disso, ainda que próximos fisicamente, ocorre a ausência de diálogos abertos entre esses indivíduos. Assim, a comunicação dispersa-se como um líquido. Fica claro, portanto, que existem obstáculos ao enfrentamento da nomofobia. Para tanto, o Ministério da Saúde, em parceria com as escolas, deve mostrar os problemas gerados pelo excessivo de alguns aparelhos, por intermédio de palestras ministradas por psicólogos, a fim de que no futuro os jovens não sejam dependentes. Ademais, a mídia deve divulgar os sintomas nomofóbicos, mediante propagandas, com o fito de que a ajuda médica seja procurada. Tais medidas tomadas em ação conjunta poderão amenizar a problemática da nomofobia.