Título da redação:

O Vício da Modernidade

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 31/05/2018

O neologismo “nomofobia” diz respeito à angústia ocasionada em alguém pela dissociação, por um período de tempo, de aparelhos tecnológicos como computadores, “smartphones” e “tablets”. Essa síndrome vem se intensificando com o tempo, visto que os avanços tecnológicos têm trazido tantos benefícios e novidades que deixam as pessoas cada vez mais dependentes desses aparatos, sob a justificativa de serem essenciais para seu convívio. A atual revolução informacional em que vive a sociedade propicia eventos como a chegada instantânea de notícias, aproximação de pessoas por meio de mensagens e a facilidade ao acesso dessas informações, já que os aparelhos não largam os bolsos. Por um ângulo, essas mudanças são favoráveis: auxiliam no trabalho, economizam tempo que pode ser usado em outras ações e conectam lugares distantes. Por outro lado, há o surgimento de costumes maléficos e desnecessários: necessidade de checar redes sociais a todo o instante, alienação por meio de falsas notícias disseminadas mais rapidamente, afastamento de outras pessoas e banalização de relações sociais e interpessoais reais. São esses os causadores e os sintomas da nomofobia. Hoje, não é difícil encontrar, em restaurantes, por exemplo, um grupo de indivíduos que poderia estar socializando e conversando mas, ao invés disso, alguns ou todos estão imersos em seus celulares. Caso essa situação não seja alterada, haverá prejuízo não só para a geração atual, mas para as próximas que virão, considerando que muitos pais confiam a criação de seus descendentes em aparelhos tecnológicos. A nomofobia, mesmo pouco conhecida, é uma doença que necessita de tratamento como qualquer outra. No entanto, pode ser muito mais facilmente evitada do que outras. Desse modo, o Ministério da Saúde, aliado ao CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), poderia disponibilizar campanhas que explicasse o significado da doença e frisasse os perigos do uso constante da tecnologia. Além disso, aliado ao Ministério da Educação e pensando no bem-estar dos adultos de daqui a vinte anos, poderia disponibilizar palestras que mostrassem alternativas para o convívio social, em casa e fora dela, que vão além de um aparato tecnológico. Dessa forma, ficará fixado que os aparelhos são úteis e importantes, mas não prioridade.