Título da redação:

O lazer e a nomofobia

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 05/09/2017

Angustia, ansiedade, desenvolvimento de problemas para comunicação física, paciência zero. Ainda que a tecnologia desenvolvida nos smartphones tenha substituído jornais, revistas, bloco de notas, lanternas, calculadoras, câmeras fotográficas e principalmente facilitado o processo de adquirição do conhecimento, o uso vicioso desses aparelhos pode causar danos psicológicos. Destarte, no Brasil, essa estrutura social de utilização excedente de ferramentas comunicativas cresce cada dia mais, o que torna urgente a sua resolução, seja por meio de tratamentos fornecido aos nomofóbicos, seja por meio de investimentos em obras públicas de lazer. Em uma primeira análise, a atenuação da nomofobia possui estreita relação com tratamentos especializados àqueles que sofrem com a doença. Essa correlação decorre do fato de que, enquanto o tratamento necessário não for uma realidade empírica para todos os indivíduos, a geração futura será tão tecnologicamente manipulada quanto parte da sociedade atual, haja vista vivenciarem desde a infância o mundo tecnológico. Nessa perspectiva, no artigo 196 da Constituição Federal, conquanto seja estabelecido o direito à saúde, a população brasileira mostra-se indiferente quanto a nomofobia e sua banalização. Dessa forma, nota-se que uma das soluções para a nomofobia passa por conscientização social. Em um segundo plano, sob análise política, o maior investimento em obras públicas fomentaria, em semelhante proporção, a resolução desse entrave, visto que viabilizaria espaços de entretenimento em detrimento de redes sociais tão cobiçadas por nomofóbicos. Essa motivação pode ser explicada pelas precárias condições de diversos bairros e cidades do Brasil, que não proporcionam o direito de lazer para a população. Nesse sentindo, mostra-se notória a procura dos aparelhos eletrônicos como forma de entretenimento, o que causa a constante necessidade de seu uso devido à facilidade de acesso. Desse modo, a construção de obras civis de uso público diminuiria a utilização de telefones celulares no Brasil. O fornecimento de tratamentos aos nomofóbicos e investimentos em obras públicas de lazer com parques são, portanto, caminhos para lidar e enfrentar a a nomofobia no Brasil. Com o intuito de colocar essas medidas em prática, a Secretaria de Comunicação Social deve implementar sistemas de informações eficazes para a propagação da existência e consideração da nomofobia como doença a ser tratada, por meio de redes sociais, onde geralmente se concentram pessoas com esse tipo de transtorno. Concomitantemente, o Poder Executivo Federal, materializado pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio de projetos de construções públicas, deve buscar i incentivo de outras formas de entretenimento além do universo virtual, com o propósito de diminuir a incidência de casos de nomofóbicos. Assim, construir-se-á um futuro em que as tecnologias serão úteis para o bem, e não para o mal.