Título da redação:

O despertar de um vício

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 27/10/2017

Em poucos anos desde a sua criação os telefones móveis são considerados sinônimo de: independência, facilidade de comunicação, status, informação e praticidade. Essa tecnologia tornou-se inerente ao cotidiano da população brasileira, grande parte da sociedade não consegue associar seus dias longe desse objeto. Doenças como a nomofobia surgiram a partir desse tipo de pensamento e contexto. Diante desse fato, como enfrentar e atenuar suas consequências negativas? Os telefones móveis surgiram a partir de rádios comunicadores utilizados em barcos e navios na década de 50. Porém a primeira rede de telefonia celular no Brasil, a TELERJ, foi lançada na década de 90. No início poucas pessoas tinham acesso ao aparelho, usado apenas para ligações, era um acessório caro. Em poucos anos a tecnologia aplicou muitas novidades ao telefone móvel, dando a ele funções de acesso à compra, comunicação via rede social, e outros inúmeros aplicativos, que o fizeram ser mais almejado. Devido a facilidade de compra da tecnologia atualmente, a maioria da população tem acesso ao celular, prova disso é que segundo a Anatel, o número de aparelhos supera o número populacional. Impactos negativos têm surgido com essa realidade, na economia o mercado ilegal aumentou com esse aparelho, o que aumentou o número de roubos e violência. Na área da saúde surgiram doenças, como a nomofobia, que é a ansiedade, medo e até mesmo pânico de estar longe do celular. Isso contribui com os dados da OMS, que coloca o Brasil em primeiro lugar em número de pessoas com doenças ligadas a ansiedade. A nomofobia é a prova da reclusão social que têm aumentado nos dias de hoje, pois as pessoas veem suas vidas conectadas a um aparelho, distanciando-as do convívio familiar e social. Subjugadas a uma vida virtual na maior parte do tempo, o corpo que exige atividades físicas, convívio social e leitura para saúde mental e bem-estar, não tem recebido esses estímulos. Assim tem crescido a procura por psiquiatras para prescrições de remédios que atenuem os sintomas da doença. Para piorar a situação, pesquisas tem sido feitas e as ondas emitidas pelo celular, segundo a OMS, podem causar câncer e alterações biológicas no organismo. Portanto, faz-se necessária medidas que sejam alternativas atraentes aos que se encontram na situação desse vício, ou mesmo medidas de intervenção. O governo deve aplicar verbas em atividades de lazer em que todos possam ter acesso, como parques, cinema, além de promover palestras sobre o assunto, para que as pessoas entendam os males do vício. Outro ponto seria a comunidade médica tomar providências quanto a situação dos pacientes da doença, conscientizando-os do problema e orientando tratamentos diferentes, como terapias, afim de evitar o uso desenfreado dos ansiolíticos.