A nomofobia, do inglês ''no mobile phobia'' (medo de ficar sem celular) tornou-se o grande mal do século XXI, acompanhado de diversas consequências preocupantes que afetam a sociedade brasileira. Tal imbróglio é decorrente da constante evolução tecnológica, agregada a ampla acessibilidade fornecida a seus usuários e as demasiadas fontes de informação que alcançam indivíduos das mais variadas idades. As engrenagens imediatistas tornaram-se um dos motivos para a intensificação do uso de ''smartphones''. Segundo a ''União Internacional de Telecomunicações'' (UIT), já são mais de 7 bilhões de aparelhos celulares em uso no mundo, sendo o meio mais usado para acessar a internet. A velocidade dos conteúdos transmitidos no mundo virtual apresenta grandes vantagens, como pesquisas on-line, transações financeiras, visualização de filmes e entre outros. Porém, seu uso desordenado provoca consequências a longo prazo, como problemas de visão, uma vez que os livros estão sendo substituídos por ''tablets'', ansiedade, causada pela influência de mecanismos imediatos e a carência de comunicação interpessoal. É notável a presença desse dilema na vida de crianças e adolescentes. Os indivíduos de tenra idade, em decorrência ao fluxo de dados recebidos diariamente pelo uso de aparelhos celulares, dispõem de uma vasta quantidade de informações do que possuíam os grandes pensadores da Grécia Antiga. Além disso, atividades que desenvolvem suas habilidades motoras e proporcionam melhor qualidade de vida foram trocadas por jogos virtuais e bate papos on-line. Por conseguinte, muitos apresentam baixo rendimento escolar, sedentarismo, obesidade e uso da automedicação para controlar dores de cabeça. Medidas, portanto, são necessárias para combater esse impasse. É de suma importância a participação de campanhas publicitárias por parte do Ministério da Saúde, visando expor constantemente o problema e incentivar a população a buscar um estilo de vida saudável e natural, de modo que os indivíduos não tenham receio em buscar ajuda profissional. Ciente dessa situação, a família deve promover um ambiente comunicativo e que incentivem os jovens a buscar atividades cognitivas e motoras fora do mundo virtual. É necessário também que os educadores abordem com frequência tal situação em sala de aula, com o objetivo de promover atividades lúdicas com cunho educativo aos educandos à respeito desse problema.