Título da redação:

Meu Melhor Amigo é Um Smartphone

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 08/09/2017

O telefone móvel é sem dúvidas algo muito interessante, surgido na década de 1970, reuniu importantes tecnologias desenvolvidas na Terceira Revolução Industrial, evoluindo com ela o aparelho acabou por integrar importantes tecnologias como a nanotecnologia e a internet, e também, o aparelho atual representa o ápice da globalização, por manter as pessoas conectadas com o mundo através de um aparelho de poucas polegadas. E da mesma forma que o aparelho evoluiu vertiginosamente em tecnologia, foi aumentada a sua busca e, por conseguinte, a sua importância na sociedade atual. Como mostram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2014 aproximadamente 77,9% dos brasileiros possuíam e utilizavam o celular, e esta é uma porcentagem que só tende ao aumento, porém o simples uso do aparelho não configura um problema e sim um uso exagerado, que pode evoluir até um estado de dependência, conhecido como nomofobia. "No-mobile-phone phobia", ou nomofobia, significa literalmente uma aversão a ausência do telefone móvel, um problema comum na nossa sociedade. O celular apesar de aproximar quem está longe, afasta quem está perto, pois o vício nele acaba por afetar as relações interpessoais, fazendo com que o indivíduo acabe se excluindo socialmente por não saber ao certo como se relacionar com as pessoas ao seu redor. Esta exclusão também ocorre porque muitas vezes o mundo apresentado pelo celular aparenta ser muito mais atrativo do que o que está em sua volta, algum tipo de escape do tédio cotidiano. Além disso, a alienação definida por Marx, que significa basicamente uma diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar ou agir por si próprios, tornou-se um problema comum entre os nomofóbicos. O motivo dessa alienação está no algoritmo dos maiores sites e redes sociais da internet, que filtram o que será mostrado de acordo com popularidade ou com o que a pessoa "curta", muitas vezes isso faz com que as pessoas recebam somente opiniões unilaterais sobre assuntos importantes que impactam na posição ideológica da pessoa, e isto acaba criando uma aversão às opiniões alheias, um problema que afeta debates e o questionamento filosófico. Tomada a nomofobia como problema social, se torna necessário pensar em como tratá-la ou reprimi-la, a maneira mais prática seria a de "cortar o mal pela raiz", ou seja, fazer com que exista um uso moderado do celular desde o início, mas para quem já sofre do problema é importante o auxílio médico, o de um psicólogo, por exemplo, outra ideia seria a de criação de softwares para o próprio celular, que acabem por delimitar o uso dele restringindo o acesso a certos aplicativos após certo tempo de uso ou em horários pré-determinados.