Título da redação:

Entraves no uso de tecnologias

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 07/09/2017

A Revolução Tecnológica que vivemos hoje vem ganhando corpo desde a década de 70 e é a responsável por muito do nosso conforto e facilidades no dia a dia. Atualmente, deixamos que nossas vidas sejam comandadas por diversos aparelhos digitais, sendo os "smartphones" o mais popular exemplo. Porém, em contraste com sua recente chegada, já é sentido os efeitos colaterais do uso excessivo desses aparelhos e já se percebe uma forte dependência na população em geral, fenômeno que ganhou o nome de nomofobia. Estatísticas mostram que o uso de celulares está intenso em todo o mundo. A grande versatilidade e a variedade de serviços que são possíveis serem feitos por meio deles têm gerado um grande consumo e dependência na população mundial. Uma pesquisa mostrou que 70% das pessoas preferem abrir mão do álcool que de seus celulares, e outras 57% preferem ficar sem comida por 24 horas do que ficar sem seus aparelhos telefônicos. É inevitável que pensemos nessas estatísticas como uma prova da séria mudança comportamental humana em andamento. As conversas entre amigos e as mais diversas relações interpessoais estão cada vez mais voláteis e efêmeras. Esse vício nos "smartphones" está indiscutivelmente ligado à velocidade de circulação das informações e à necessidade de sentir-se sintonizado e integrado a uma sociedade cujas relações estão se virtualizando. Esses fatores provocam a dependência, já que os modernos celulares passam a sensação de se estar com o mundo na palma das mãos. Não raro, as pessoas acessam seus aparelhos para checar mensagens, e-mails, atualizações de redes sociais e até as contas bancárias. Vemos que frear esse consumo rápido das tecnologias não será tarefa fácil. A dependência só se faz crescer, e alterar esse panorama passa por mudanças profundas de cunho cultural. Porém, é possível ao menos tratar os casos de nomofobia por meio de profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras. A mudança de comportamento das pessoas frente a dependência tecnológica precisa também de uma autoavaliação e uma busca por alternativas, ainda que modestas, como mais relações corpo a corpo e um cultivo a relacionamentos mais diretos. É preciso buscar pela diminuição da importância dos celulares no dia a dia tentando, até onde for possível, diminuir seu uso excessivo por meio de atividades alternativas: passeios com amigos, conversas ao ao livre e programas em família. É certo que a tecnologia veio para facilitar, mas é importante termos muito cuidado para não sermos dominados por ela.