Em sua obra literária “Iracema”, José de Alencar descreve os hábitos antepassados das nações indígenas e como eles viviam em plenitude. Contudo, a colonização portuguesa do século XVI destituiu esses costumes, deixando-os de lado e abrindo espaço para o avanço tecnológico. Consolidando hodiernamente uma sociedade desenvolvida por transtornos de ansiedade devido ao uso incessável da internet e aparelhos tecnológicos. A priori, o ilustrador italiano “Marco Melgrati” referencia em diversas de suas obras como a sociedade se transformou devido à Revolução Técnico-Cientifico-Informacional e como todas as relações interpessoais se esfriaram, mudando toda a forma de convivência, aproximando os que estão distante geograficamente e afastando os que se encontram próximos. No entanto, essa remodelação foi contraproducente, pois desenvolveu nos indivíduos uma necessidade incessável de acesso aos smartphones e às redes sociais, comprometendo diretamente a saúde mental dos usuários. Em demasia, o estudo do sistema nervoso evidencia que o cérebro humano é incapaz de reter tanta informação de uma só vez, porque a concentração é direcionada em apenas um ponto. Portanto, desenvolvem-se múltiplos transtornos em pessoas conectadas o tempo todo. Além disso, a necessidade de acompanhar a tecnologia fomenta o consumismo dos usuários, e a obsolescência programada desenvolvida por sistemas capitalistas fere principalmente o planeta, gerando uma quantidade exagerada de lixo, contribuindo para a degradação ambiental. Logo, o que era pra ser algo benéfico se tornou um próprio veneno. É cabível salientar que isso não ocorre em sua totalidade, mas em uma quantidade exorbitante, portanto alertar sobre os problemas é o mínimo. Sendo assim, o país urge de medidas necessárias para combater a problemática supracitada. O Governo Federal e o Ministério da Saúde devem disponibilizar aos cidadãos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde consultas com profissionais capacitados que saberão lidar com as situações dos indivíduos, diagnosticando-os e fazendo todo o tratamento necessário para que esses usufruam de uma vida tranquila, sem os transtornos gerados pela tecnologia. Concomitantemente, faz se necessário a criação de campanhas publicitárias, reproduzidas por emissoras televisivas, divulgando o trabalho que será oferecido em prol da população e evidenciando todo o mal que o excesso de tecnologia faz à saúde do ser humano, atenuando desse modo, os casos tão recorrentes no Brasil.