Título da redação:

De Schopenhauer a Sócrates: o distúrbio do smartphone.

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 20/09/2017

Para o pessimista Schopenhauer, todo homem toma os limites do seu campo de visão como os limites do mundo. Devido a isso, é palpável a desinformação diante de um distúrbio - fruto de um mundo expressamente tecnológico e interconectado - semelhante à ansiedade. Contudo, é necessário, em doses iguais, medidas que ensejem tanto o tratamento deste transtorno, quanto a conscientização sobre seus perigos. Esse estresse, ainda, é trazido por uma intensa interconexão, a qual não se limita pela distância ou hora, sendo assim, onipresente, de tal forma que ao se tentar limita-la ocorre uma crise de abstinência, cujos sintomas assemelham-se à ansiedade. Ademais, este é um fenômeno recente, inconcebível a décadas atrás, de modo que é compreensível a dificuldade em tanto diagnostica-lo, quanto combate-lo. Tal realidade, doravante, cristaliza os ideais de Sócrates, cujo cerne era de que os erros são consequência da ignorância humana. Nesse contexto, é importante salientar que a nomofobia, pavor à abstinência de comunicações sociais, assemelha-se a outros distúrbios, à guisa do estresse pós-traumático, a partir do momento que materializa sintomas no cotidiano, como angústia e incapacidade de concentração, a ponto de se preferir a falta de alimento à do smartphone. Destarte, cabe ao Ministério da Saúde o ensejo à instituições de pesquisa, de modo a descobrir meios de diagnosticar esse problema ,em conjunto com instituições médicas de outros países - por se tratar de um fenômeno global. A partir dai, o Ministério da Fazenda deve direcionar verbas para a aplicação de tais medidas em clínicas de psicólogos e psiquiatras.