Título da redação:

Curto, logo existo!

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 07/09/2017

Como predissera ilustríssimo filósofo René Descartes, no século XVII: “Penso, logo existo”, afirmara que a racionalidade estava mais alta do que a religião. Hoje, essa citação se transforma em: “Curto, logo existo”, no qual ratifica que o “eu” existencial migrou para o mundo virtual. Assim, a nova era de “smartphones” gera inúmeros problemas aos usuários e, ainda, alimenta um mercado ilegal. Sob o prisma da atual conjuntura social, o homem vive à mercê da era digital, no qual sua existência depende exclusivamente do aparelho celular, uma vez que a realidade que o cerca é mascarada pelo “mundo online”. Nesse contexto vicioso, os usuários se submetem aos celulares tanto profissionalmente quanto ao lazer, isso porque a internet proporciona uma resposta instantânea, o que facilita o diálogo virtual entre os clientes e, também, aumenta a área de contato em todo Brasil. Nesse sentido, a identidade individual é substituída por perfis em redes sociais, as quais são alimentadas por “curtidas” e “compartilhamentos” o que confirma que a transformação de Descartes é de que o virtual está sobre a realidade. Em frente aos transtornos que a dependência causa ao homem, encontra-se a ansiedade, visto que as enormes fluidezes de informações proporcionadas pela tecnologia contribuem com problemas psicológicos. Nesse viés doentio, a abstinência do “smartphone” jogam os usuários ao mundo real, no qual a velocidade das informações não é equiparada aos celulares. No outro lado da moeda, encontram-se traficantes que se beneficiam desses vícios para ganharem dinheiro e, por consequência, prejudicam a sociedade- a nova seringa que é injetada na população. Infere-se, portanto, que políticas em diversos setores são imperativas para mitigarem esse problema social. Nas escolas, os professores devem incentivar os jovens a aprenderem a dialogarem de forma conjunta. São importantes criações de ONG’s para ministrarem palestras educativas que mostrem à população que a ansiedade é um mal causado pela tecnologia e que prejudica o bem-estar humano. É de suma importância que restaurantes promovam descontos àqueles que não utilizarem celulares nas refeições a fim de construírem um diálogo entre os clientes. Logo, com o conhecimento dos males que a dependência causa, a identidade individual será reconstruída pela realidade, de forma a deixar o virtual “offline”.