Título da redação:

Como enfrentar o problema da nomofobia no Brasil?

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 30/09/2017

A tecnologia chega para ajudar em muitas tarefas do cotidiano das pessoas. Hoje, quando se tem uma ideia ou uma dúvida, corre-se para o Google para ampliar as possibilidades de ação acerca de um problema na vida real. Para corrigir a vida real, acessa-se a digital. Um paradoxo. Ao mesmo tempo em que encontramos soluções para problemas velhos, achamos caminhos para problemas novos. A nomofobia, uma problemática relativamente nova no cenário da juventude está despertando o olhar dos especialistas, dos pais e professores. Acessar o mundo digital não seria problema, se este não interrompesse ou atrapalhasse o ciclo da vida real, o que inclui, por exemplo, a qualidade dos relacionamentos. Ainda mais quando um indivíduo começa a sentir sintomas de abstinência quando lhes é tirado o objeto (celular), como nos casos do uso de drogas e álcool. Nesse momento, verificamos que o problema aumentou e há sim necessidade de intervenção, que inicialmente começa-se pelos caminhos da conscientização da real necessidade de uso de um celular, por exemplo, o dia inteiro. Compreender que o mundo digital não é melhor que o mundo real, que os relacionamentos verdadeiros e duradouros acontecem na convivência ao vivo e a cores e, que quando uma pessoa está o tempo todo conectado em um celular, por exemplo, pode ser um sinal de desconexão, primeiramente, ela com ela mesma, e depois com as pessoas que estão verdadeiramente ao seu redor, é uma visão amadurecida do assunto e pode apontar caminhos de ajuda como a reeducação e/ ou o tratamento psicoterápico. A intervenção deve começar pelas pessoas que estão pensando “fora da caixa” dos acontecimentos de hoje, pois ao mesmo em elas compreendem como eram os relacionamentos no passado, também enxergam as necessidades de convivência para o futuro. Somos dependentes uns dos outros, precisamos nos relacionar ao vivo, vivemos em uma sociedade real também. Portanto, os profissionais que cuidam da saúde e da educação devem promover eventos, palestras, cursos, aulas, etc., para fornecer informação sobre o problema, provocar reflexão e posteriormente, ação, ou seja, mudança de comportamento. Assim, os pais (que também passam pelo mesmo problema), as escolas, os institutos, as ONGs, e todos os estabelecimentos que lidam com crianças, jovens e adultos poderão começar o processo de reversão desse cenário: desconexão da rede digital para reconexão com a vida real.