Título da redação:

Celular também é uma droga

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 10/09/2017

A Globalização Contemporânea proporcionou a dissipação dos meios de tecnologia moderna, os quais permitem que a comunicação seja feita de forma rápida, sem grandes esforços e praticamente instântanea para locais distantes. No entanto, o uso exagerado da internet e do celular tem acarretado a dependência nos aparelhos digitais, o que é conhecido como nomofobia. Desse modo, apesar das comodidades oferecidas pelas invenções da atualidade, a utilização exacerbada de tais gera problemas emocionais, físicos e econômicos no mercado de trabalho, os quais devem ser combatidos, por meio da ação conjunta do Governo Federal, da família do dependente e de empresas e escolas, nas quais há a percepção de tal problemática. Nesse contexto, existe diversos fatores que influenciam as pessoas a desenvolver o vício nas redes sociais. Segundo Émile Durkheim com sua teoria do "Fato Social", a sociedade molda o comportamento do indivíduo e, assim, as pessoas utilizam a internet como forma de estarem incluidas no padrão estabelecido pelo meio externo. Além disso, as tecnologias digitais fazem com que pessoas introvertidas se sintam confortáveis em interagir com os outros, já que há menor contato físico e, dessa maneira, há maior adesão de indivíduos ao uso da internet. Ademais, a falta de uma rotina pré-estabelecida tem a propensão a influenciar as pessoas a utilizarem o telefone celular e as redes sociais, visto que esse sistema é constituído, basicamente, na emissão de imagens e textos, o que faz com que o indivíduo não gaste energia, como o ato de assitir televisão. Ainda convém lembrar das consequências do uso exagerado dos smartphones ao organismo do indivíduo. O envio e a recepção de mensagens constitui um sistema de recompensa, o qual estimula a secreção de neurotransmissores, a exemplo da serotonina, endorfina e noradrenalina, que permitem a sensação de prazer, bem-estar e tranquilidade. Entretanto, a liberação excessiva desses mediadores químicosprozem mais receptores nas regiões axiais dos neurônios e, caso eles não sejam utilizados, há a configuração do vício. Como resultado, quando o indivíduo se encontra afastado do celular e da internet, há a manifestação de estresse, irritabilidade, ansiedade, falta de concentração e foco. Outro fator existente são os efeitos que a nomofobia propicia ao mercado de trabalho. A dependência nas tecnologias digitais gera a perda de consciência em relação ao local e momento em que dever se utilizado o celular. Isso é comprovado nas muitas empresas em que a maioria dos funcionários usam o aparelho no horário em que deveriam estar executando suas funções. Dessa maneira, a qualidade do trabalho fica comprometida, como também a produtividade da empresa. Sendo assim, é essencial que escolas e empresas promovam palestras ministradas, por médicos e psicólogos, a fim de exemplificar os malefícios do uso exacerbado das tecnologias digitais na vida pessoal e profissional dos indivíduos. Além disso, dicas devem ser ofecidas para diminuir o uso, a exemplo da colocação do celular em outro local daquele em que se estuda ou trabalha e delimitar tempo de utilização, por meio de aplicativos, os quais bloqueiam o celular a partir de determinado tempo pré-estabelecido. Ademais, é preciso que os pais observem e analisem o comportamento dos filhos diante do uso dos celulares e notebooks, por intermédio do rendimento escolar e da conduta emocional e física e, assim, propor atividades que reforcem o contato pessoal, através de passeios na natureza e jogos em família.