Na série Black Mirror, produzida pela Netflix, acompanham-se inúmeros acontecimentos ligados à dependência da tecnologia no século XXI. Já fora das telas, a nomofobia é um fenômeno relativamente novo e que, no Brasil, carece de serviços públicos para ser solucionado, causando danos à saúde das vítimas e ao meio ambiente. Equiparando-se à teoria darwinista da seleção natural, o ser humano utiliza a tecnologia como uma forma de se adaptar ao ambiente em que está inserido, sendo uma tendência herdada do período Neolítico, onde o homem aprendeu a criar armas e ferramentas melhores a partir de suas descobertas. Contudo, segundo dados da revista "Time", 58% dos brasileiros usam o aparelho celular a cada trinta minutos, evidenciando o vício presente no meio social. Apesar disso, não há serviços públicos específicos para o tratamento da doença, o que viola o Art. 6º da Constituição Federal, que estabelece que a saúde é um direito social de todos os cidadãos. Além disso, o aumento do consumo de aparelhos tecnológicos é acompanhado também do crescimento do acúmulo de lixo eletrônico, que é descartado erroneamente por pessoas físicas e jurídicas. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Assim sendo, o Ministério da Saúde deve criar programas específicos de tratamento para vítimas da nomofobia, além de realizar campanhas midiáticas que informem a população acerca do tema, assegurando o bem-estar social. Seguidamente, o Ministério do Meio Ambiente, através de parcerias público-privadas, deve oferecer subsídios às empresas que descartam os resíduos eletrônicos corretamente e realizam a divulgação e instalação de pontos próprios para o ato, assegurando também o bem-estar ambiental.