Título da redação:

A Globalização e o Vício

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 05/09/2017

A globalização encurtou os espaços entre as pessoas, sendo auxiliado pela tecnologia. Nesse sentido, a introdução dos celulares nas sociedades serve a esse propósito, conectando as pessoas e criando uma “esfera virtual”. Assim, a globalização gera a necessidade de estar conectado, que se torna vício – a nomofobia - e é passado por gerações. Sob essa perspectiva, o uso dos celulares aumentou bruscamente com a inserção dos smartphones no mercado, os quais possibilitaram maior conectividade entre as pessoas através das redes sociais, como o Facebook e Whatsapp. Desse modo, o contínuo uso desses dispositivos se fez necessário, já que a sociedade moderna criou a “esfera virtual”, a qual implica a participação quase obrigatória das pessoas. Em consequência disso, a população passou a viver mais no mundo virtual do que na realidade propriamente dita, desencadeando uma dependência dos celulares. Assim, isso é evidenciado pela pesquisa da revista “time” e da Qualcomm, afirmando que 58% dos brasileiros checam seus celulares a cada trinta minutos. Dessa forma, a nomofobia, aos poucos, consome as pessoas e permanece pouco debatido. Essa falta de debate sobre o vício faz com que ele se enraíze na sociedade, perpetuando até as novas gerações. Nesse sentido, as crianças estão sujeitas a esse novo “mal” no dia a dia, pois se baseiam no comportamento dos pais para formarem suas personalidades. Logo, acabam sendo influenciadas por esses a possuírem um celular, e por serem muito jovens, têm a tendência de desenvolver a nomofobia desde cedo. Sobre isso, o Centro de Estudos sobre As Tecnologias da Informação e da Comunicação relatou que 24% das crianças com nove anos já possuem celular, o que representa um alerta para a sociedade. Dessa forma, a população transmite a doença pelas gerações sem mesmo saber disso. Logo, a nomofobia é uma consequência da globalização e precisa ser combatida. Para isso o Ministério da Saúde necessita investir em pesquisas, junto com a Associação Brasileira de Psiquiatria, a fim de compreender a doença e desenvolver métodos para o seu controle. Além disso, o Ministério da Educação deve implementar uma “educação tecnológica” nas escolas para que, através de palestras, possa debater sobre os benefícios e malefícios do uso dos celulares entre profissionais e alunos, e que também estimule hábitos a esses para evitar o uso descontrolado dos smartphones, como determinar momentos específicos para o seu uso para conscientizá-los.