Título da redação:

A Droga Popular

Tema de redação: Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Redação enviada em 03/09/2017

A bipolarização causada durante a guerra fria foi ao fim com a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Concomitante a isso, ocorre, em âmbito mundial, a terceira revolução industrial. Ela é marcada por diversas mudanças socioculturais na população, porém, a mais notável e marcante, foi o avanço das tecnologias e popularização das redes de informação e comunicação. A humanidade ficou mais interligada, e isso corroborou com o processo de globalização que perdura até os dias de hoje. Essa fluidez comunicativa, associado com modernização das tecnologias, trouxe consequências, como a dependência, principalmente dos jovens, com a tecnologia. Pode se dizer, atualmente, que uma pessoa não pode se isolar por completo. Praticamente todos os brasileiros possuem, no mínimo, um smartphone, adicionalmente a esse fato, há uma parcela que os troca a cada nova geração. A posse desses aparelhos gera uma teia comunicativa entre usuários, a partir disso, concluímos que nunca estamos sozinhos, sempre há a possibilidade de conversar com outrem. Essa é uma ótima vantagem dos aparelhos celulares, contudo, isso contribui, como já supracitado, com o sentimento de dependência que chega a ser patológica. Exemplificando, uma pesquisa da revista Time diz que 79% das pessoas entrevistadas se sentem mal longe do aparelho móvel. O problema não só é a dependência, mas também o consumismo desenfreado gerado pela indústria de smartphone. É evidente que sempre há um modelo novo sendo lançado, somado a isso, a vida útil de um aparelho diversas vezes é muito curta, obrigando o usuário a trocar em um período muito curto de tempo. Obsolêscencia programa é um termo empregado a essa vida curta, não só de celulares móveis, mas de todo aparelho eletrônico, logo, o sistema lucra com a dependência, assim, fomenta o consumo. Existem maneiras para reverter esse quadro, por exemplo, é muito comum ver crianças com seus próprios smartphones, os seus pais, ao invés de presenteá-las com tal tecnologia, podem dar livros, desta maneira não estará inserindo o aparelho precocemente no cotidiano da criança. Por parte dos governos estadual e municipal, cabe a eles investir em parques e eventos cultura, os quais teriam como objetivo integrar os jovens, que corresponde a fração populacional mais atingida pela dependência. Esses dois fatores associados, certamente, irão contribuir com o fim dessa compulsão tecnológica.