Como dizia o cantor Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”, o consumo de drogas lícitas por adolescentes não é um problema atual. Desde a revolução industrial, quando houve o desenvolvimento da economia e aumento do consumismo, essa vicissitude é uma realidade. De mesmo modo, na contemporaneidade, as dificuldades persistem, seja por uma educação deficitária, seja pela lenta mudança da mentalidade da sociedade como um todo. Convém ressaltar, a princípio, que a condição educacional é fator determinante para permanência do problema. De maneira análoga ao que acreditava Immanuel Kant quando dizia: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Exemplo agravante em relação ao consumo de substâncias lícitas por adolescentes, é que muitas vezes, essas são usadas facilmente dentro do ambiente escolar e sem a menor restrição. Uma vez depositadas no organismo podem acarretar sérias complicações, tais como: ataque cardíaco, alterações na memória, ansiedade, agitação, delírio e outros. Igualmente, destaca-se, que mesmo sendo proibido pela legislação brasileira, a comercialização de bebidas alcoólicas e a prática de utilização de drogas lícitas para menores de dezoito anos, a sociedade não contribui para que isso, de fato, aconteça. Já que muitas vezes, os adolescentes conseguem essas substâncias com alguém da própria família ou em seu meio social, o que dificulta os caminhos para combater essa vicissitude. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), em 2012, o percentual de jovens que já experimentaram drogas lícitas elevou de 7,3% para 9%. Destarte, medidas são necessárias para combater a problemática. Bem como, é necessário que o Governo, que tem como finalidade regrar e organizar a sociedade, em parceria como MEC (Ministério da Educação), que tem como função cuidar e estabelecer regras em relação a educação, financie projetos educacionais nas escolas, por meio de uma ampla divulgação midiática, que inclua propagandas televisivas, entrevistas em jornais e debates entre professores e alunos. Ademais, devem instituir palestras ministradas por pedagogos para ensinar a todos os indivíduos seja em: escola, praça pública, teatro, shopping quão perigoso é o consumo de drogas lícitas na adolescência. Só assim, com base nos ensinamentos de Immanuel Kant, esse problema poderá ser minimizado gradativamente.