Ao contrário da definição literal, as drogas lícitas não são tão utilizadas para fins medicinais. Com o acesso facilitado, as substâncias podem ser consumidas e comercializadas por indivíduos de todas as idades. Mas há milênios são usadas em ritos indígenas e até em festas romanas. É conceituada droga lícita aquelas substâncias que contém álcool, nicotina, cafeína, medicamento sem prescrição médica, anorexigenos, anabolizantes e outros. O consumo dos mesmos promovem alterações no funcionamento físico e psico. “Durante a adolescência ocorrem mudanças biológicas muito importantes. Alguns sistemas, como o inibitório, não estão amadurecidos. É um sistema importante para controlar determinadas atitudes do indivíduo.”, explica Rosana Camarini, professora do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas (IBC). As drogas permitidas por lei são as mais consumidas e portanto, as mais perigosas. O consumo por adolescentes aumentou significativamente desde 2012. Tendo consequências nocivas e preocupantes, se tornaram mais observados nas mudanças no comportamento e no rendimento escolar. Crianças e jovens buscam inspirações, e ter dentro de casa um familiar que consuma essas substâncias pode colaborar para um consumo passivo, que é a terceira causa de mortes evitáveis, e futuramente ativo. Portanto, é na adolescência que esse hábito pode passar a se tornar um estilo de vida. Apesar de muitos programa de prevenção estejam sendo desenvolvidos, é indispensável cuidar da recuperação dos jovens que acabaram consumindo algum tipo de substância psicoativa. Esse trabalho é feito no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA), que oferece atendimento para adolescentes que já tiveram contato com drogas.