O filme estadunidense “Aos treze”, retrata a vida de Tracy, uma adolescente e estudante exemplar, que se envolve por influência de sua amiga com drogas. De forma análoga, na sociedade brasileira, o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes é uma realidade, motivada pela pressão social e pela fragilidade das condutas de coibição dessa atividade. Sendo assim, é importante seu enfrentamento. Primariamente, a pressão social perpetua o agravo. Segundo o psicólogo estadunidense Albert Bandura, a maior parte do comportamento humano é aprendido por imitação e ocorre quando há motivação. Nesse viés, os vínculos de amizades e a necessidade de inclusão em um grupo faz que uso de bebidas alcoólicas ou cigarro, induza os jovens a reproduzirem esse comportamento. Portanto, é urgente a mudança desses ideais retrógados. Além disso, a impunidade e aceitação social do meio contribui para essa problemática. De acordo com a psiquiatra brasileira Nise de Silveira, é preciso se espantar, se comover e se indignar para ser possível mudar a realidade. Nesse sentido, muitas vezes familiares e amigos maiores de idade não condenam o uso de drogas lícitas por adolescentes e até ajudam no processo de aquisição desses produtos. Logo, é de emergência o combate à essas condutas imorais. Diante dos fatos supracitados, é preciso que o Ministério da Cultura, por meio das Secretarias Estaduais e Municipais de Cultura, estabeleça caravanas, nas cidades com ônibus com equipamentos para transmissão de documentário, em espaços públicos como praças, que retratem a temática do aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes, com intuito de desestimular essa prática em todas as camadas sociais. Ademais, esses espaços poderiam oferecer terapias e análises com psicólogos, psicanalistas e sociólogos, a fim de oferecer assistência emocional aos envolvidos com drogas, e, assim enfatizar a relevância de enfrentamento dessa realidade.