Vídeos de animais, reações e pegadinhas são campeões em visualizações no Youtube. Dentre os virais da internet, a filmagem de um indonésio fumando chamou a atenção. Isso ocorreu não pelo fato do indivíduo fumar em média quarenta cigarros ao dia, mas por se tratar de uma criança. Infelizmente, cigarros e bebidas estão aproximando e conquistando o universo juvenil. Nessa fase vida, o sentimento de aceitação é fator determinante nas decisões e conduta que por sua vez dificulta o combate de algo crescente entre adolescentes: o uso de drogas lícitas. Em primeira análise, deve-se discutir os impactos causado por essas substâncias. A sensação anestésica de relaxamento e alegria liberada pelos neurotransmissores é o que boa parte do público em questão busca ao ingeri-la. Apesar do breve momento de êxtase, é a dependência ou uso frequente a pior vilã. Além de interferir nas atividades que o jovem desempenha – sejam elas no trabalho ou escola - torna-o vulnerável no meio social. A série americana 13 Reasons Why ao relatar o estupro de uma garota bêbada ilustra bem a situação. Por outro lado, a iniciação ao uso de bebida e cigarros por meio de amigos impede que medidas de prevenção obtenham sucesso. O PROERD – programa educacional de resistência as drogas – atua juntamente ao ensino fundamental oferecendo aulas e palestras no qual possam gerar a repulsão do uso de qualquer tipo de entorpecente pela juventude. Contudo, para fazer parte de um grupo muitos se dispõem em agir contra a conduta esperada pelo programa para aqueles aceitá-lo. A lei brasileira veda o consumo juvenil de bebidas alcoólicas e cigarros, estabelecendo punições ao comércio desses aos menores. A norma vigente provocou uma queda nesse ramo, mas não limitou o acesso, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – 43,8% dos adolescentes conseguem burlar a proibição em festas. Fica claro, portanto, que as amizades atuam sobre o comportamento dos jovens no qual se predispõem a comprometer sua saúde por alguns instantes de prazer. Por parte do governo local, cabe intensificar o patrulhamento da polícia e habilitação de um disque denúncia onde a comunidade possa delatar festas para que sejam fiscalizadas. Já os pais e escola devem continuar a desenvolver o diálogo com os jovens mostrando-lhes as consequências por meio de vídeos e grupos de ajuda. Sendo assim, afastando as péssimas influências, a mocidade desfrutará não somente de alguns instantes de felicidades, mas de uma vida toda.